Em carta enviada ao Congresso, o presidente argentino solicitou sessões extraordinárias para avaliar o afastamento dos magistrados
Por: Douglas Santana Ferreira
Com as eleições argentinas se aproximando, que devem acontecer em outubro, o cenário político no país vizinho tem ficado cada vez mais caótico. Após ter visitado o Brasil, na posse de Lula, o presidente Alberto Fernández vai convocar o Congresso do país para buscar aprovar o pedido de impeachment de quatro juízes da Suprema Corte.
Segundo a porta-voz da presidência Gabriela Cerruti, o presidente argentino encaminhou uma carta ao Congresso pedindo sessões extraordinárias para a segunda quinzena de janeiro, que vai dar abertura ao processo contra os magistrados.
“Trata-se de uma decisão histórica que tem a ver com a gravidade da situação, em que a Corte intervém na atuação de outros poderes em desacordo com a Constituição”, disse a porta-voz.
Fernández não tem mantido boas relações com a Suprema Corte argentina, ele já havia anunciado a intenção de pedir o afastamento do presidente da Corte, Horacio Rosatti. Para que seu plano do impeachment dê certo, Fernández precisará do apoio de 172 dos 257 deputados e de 48 dos 72 senadores.
O que pode explicar essa guerra toda, foi a Suprema Corte ter beneficiado o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta – forte candidato da oposição para as eleições argentinas, em uma disputa sobre arrecadação de impostos federais.
Horacio também é um afilhado político de Maurício Macri, ex-presidente do país vizinho.
Foto: Divulgação/Casa Rosada