Os representantes pedem que se estabeleça um diálogo com o futuro governador da Bahia, Jerônimo, para que o reajuste seja revisto
Por: Douglas Santana Ferreira
Foi publicada nesta quarta-feira (28), uma carta aberta para o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), elaborada por representantes comerciais e empresariais da Bahia. Eles desejam ter mais diálogo com o futuro chefe de estado baiano.
A Associação Comercial da Bahia, em conjunto com o Fórum Empresarial da Bahia, o Conselho Consultivo de Entidades Empresariais (Consempre) e a Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia (Faceb), espera manter forte diálogo com o novo governo estadual para que o setor comercial e empresarial possa fortalecer mais a economia, ‘inclusive com atração de novos investimentos’.
“Com o início de uma nova gestão no governo estadual, consideramos importante convidarmos vossa excelência para um importante diálogo entre os setores público e privado, visando o fortalecimento da economia, inclusive com atração de novos investimentos. Acreditamos que iniciativas que possam afetar a dinâmica empresarial devam ser prescindidas de debates entre governo e sociedade civil organizada, com o objetivo de minimizar os impactos e ampliar os resultados positivos gerados pelas mesmas”, diz a carta.
E completa:
“No momento em que o Brasil e boa parte do mundo sofrem com a retração na economia, o aumento de alíquotas de impostos pode se transformar em um verdadeiro tiro no pé, trazendo o risco de inibir a atividade econômica e redução da arrecadação pública”.
Eles também citaram a recente desoneração de impostos federais sobre os combustíveis.
“Queremos fazer juntos um governo participativo. Nossa intenção é ampliar o diálogo entre governo estadual e entidades empresariais, externar o nosso posicionamento e capacidade de contribuição e, dessa forma, construirmos coletivamente as melhores soluções”, afirmam os empresários.
Outro grupo que emitiu nota foi a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL), repudiando o aumento na alíquota de ICMS para produtos e serviços de 18% para 19%.
“O aumento na alíquota para 19%, publicada no Diário Oficial, é incompatível com a atual situação de dificuldade por que passa todo o setor produtivo, em especial o varejo, após os últimos anos de uma feroz pandemia de covid-19 cujos efeitos prejudiciais são públicos”, reclamam.
E completam:
“A decisão da gestão estadual ocorre sem consulta ou discussão pública com os setores interessados. Cumpre-nos dizer que tal decisão afeta diretamente as empresas chegando ao consumidor final”.
A FCDL conclui a nota fazendo um alerta sobre as consequências desse aumento do ICMS e apela para que Jerônimo Rodrigues (PT) volte atrás dessa decisão.
“A decisão do Estado fará reduzir o consumo, dificultar ainda mais o acesso dos baianos a produtos e serviços, aumentar a inflação, reprimir o desenvolvimento do setor produtivo e, consequentemente, impactar na própria arrecadação do imposto. Por tanto, a FCDL Bahia apela ao gestor que volte atrás na decisão tendo em vista a situação crítica da economia local e para que o setor produtivo possa se reerguer”, concluem.
Foto: mathplourde/Flickr