Quando faltar pouco para a meia-noite e as famílias estiverem reunidas à mesa para a ceia, neste sábado (24), nem todas estarão completas.
Entre tantas ausências importantes, algumas estão aquelas de quem tem que equilibrar dois cenários: a própria relação com o Natal e a responsabilidade que só quem trabalha em um serviço essencial tem.
“Eu tenho um compromisso e tenho que cumprir”, diz o porteiro Ailton Bezerra, 43 anos, que já passou mais de uma véspera de Natal e outras datas comemorativas longe da família – tanto por trabalhar em portaria há 12 anos quando pelo ofício anterior, que era de agente de limpeza na prefeitura.
Como ele, há outros tantos profissionais que, na noite deste Natal, vão trabalhar para garantir que outras pessoas estejam com suas famílias, viajando ou simplesmente na segurança e tranquilidade de casa. Daí, para amenizar a distância temporária da família, cada um encontra a alternativa: tem quem leve uma marmita, quem participe da ceia na empresa com os colegas e até quem tenha adiado a comemoração para o dia seguinte.
(Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)