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ECONOMIA BAIANA EM 2022: QUEM CRESCEU E QUEM CAIU – ARMANDO AVENA

Redação - 15/12/2022 07:29 - Atualizado 17/12/2022

Entre janeiro e setembro de 2022, o PIB da Bahia cresceu 3,2% em relação a igual período do  ano passado, a mesma expansão verificada no PIB brasileiro.

Mas o crescimento setorial se deu de maneira diferenciada, pois na Bahia a agropecuária cresceu 6,5%, enquanto no Brasil caiu 1,5% e o comércio despencou 2,8% em nosso estado e registrou um crescimento de 0,3% nacionalmente.

A agropecuária baiana é um foguete impulsionado pela produção de grãos, que vai bater novo recorde este ano, crescendo mais de 8% e atingindo 11,3 milhões de toneladas de grãos. E a Bahia se consolida a cada ano como uma economia cujo setor produtivo que mais cresce é o agronegócio. Mas outros segmentos vêm crescendo também de maneira semelhante: a área de energia renovável, especialmente eólica e solar e a produção ligada ao petróleo, gás e óleo.

A Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, que antes operava com capacidade ociosa, hoje opera a plena capacidade e deu um salto na produção de derivados de petróleo, que se ampliou em quase 40% em 2022. Isso fez com que a indústria baiana superasse em muito o desempenho nacional, crescendo 2,1%, após anos de quedas consecutivas como, aliás, previu este colunista no ano passado. Por outro lado, a produção de óleo e gás, o avanço na exploração de campos maduros e mesmo a produção de energia tradicional têm dado saltos na Bahia. Ainda no setor industrial vale registrar o crescimento de 4,5% do PIB da construção civil, mas alertando que em 2022 esse crescimento foi quase a metade do verificado ao nível nacional. O único resultado negativo na indústria foi na indústria extrativa, que caiu 10,5% em 2022.

Chegamos, enfim, ao setor de serviços, fundamental para o nosso estado pois representa 70% do nosso PIB. Por causa da queda na atividade comercial, o setor de serviços cresceu na Bahia apenas 1,4% em 2022, enquanto no Brasil a atividade expandiu-se em 4,4%. Note-se que na área de serviços o ramo de transporte e as atividades imobiliárias se expandiram e as atividades turísticas cresceram cerca de 40%, ainda que menos que a média nacional. Mas foi o baixo crescimento do comércio que impactou o PIB baiano. As vendas no varejo  vem caindo na Bahia por conta da política econômica, afinal uma conjuntura que mescla inflação em alta, juros nas alturas e perda de poder aquisitivo é uma bomba que destrói o consumo.  E aqui vale lembrar: as vendas de combustíveis e lubrificantes caíram 5%, na área de Hipermercados e supermercados a queda foi de 1%, enquanto as vendas de automóveis se reduziram em 6% e no setor de móveis e eletrodomésticos a queda foi de 30%.

No geral, a economia baiana deve registrar em 2022 um crescimento semelhante ao verificado em nível nacional. As informações são da SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.

                                              TURISMO NA BAHIA EM 2022

A atividade turística na Bahia cresceu quase 29% na Bahia  entre janeiro e outubro de 2022, em relação a igual período de 2021. No Brasil, a atividade cresceu 35%.  Minas, Rio Grande do Sul, Ceará e São Paulo registraram crescimento bem superior. Mas houve aumento na receita em restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. A receita nominal gerada com a atividade na Bahia cresceu 50%,  o sétimo maior crescimento do país. O turismo na Bahia se recupera aos poucos, mas ainda não alcançou os picos registrados antes da pandemia. A esperança de recuperação vem com o verão. Os dados são da SEI.

                                             HADDAD NO MINISTÉRIO DA FAZENDA

caroLula escolheu um quadro da ala moderada do PT para ser Ministro da Fazenda. Fernando Haddad é defensor da austeridade fiscal e sua gestão na Prefeitura de São Paulo prova isso. Defende a reforma tributária e o estabelecimento de uma nova âncora fiscal, antes mesmo do prazo acordado na PEC da transição. E quer o uso de Parcerias Público Privadas e de concessões na administração pública. Haddad era o principal assessor do Ministério do Planejamento, entre 2005 e 2006, na época em que fui presidente do Conselho Nacional de Secretários de Planejamento e sua capacidade de ouvir e negociar chamava a atenção. Por tudo isso, vale dar um crédito de confiança ao novo Ministro da Fazenda.

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