sábado, 04 de maio de 2024
Euro 5.5596 Dólar 5.1164

IPCA TEM ALTA DE 0,41% EM NOVEMBRO, INFLUENCIADO PELOS COMBUSTÍVEIS

Redação - 09/12/2022 10:14 - Atualizado 09/12/2022

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve alta de 0,41% em novembro, divulgou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e a menor taxa desde fevereiro de 2021 (5,20%). No ano, o IPCA chega a 5,13%. O indicador ficou 0,18 ponto percentual abaixo do que foi registrado em outubro (0,59%). Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os grupos Transportes e Alimentação e bebidas foram os que impactaram de forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. Já a maior variação veio de Vestuário, ficando acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%). Habitação, por sua vez, ficou acima do observado no mês anterior (0,34%).

Veja a variação por grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 0,53%
  • Habitação: 0,51%
  • Artigos de residência: -0,68%
  • Vestuário: 1,10%
  • Transportes: 0,83%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
  • Despesas pessoais: 0,21%
  • Educação: 0,02%
  • Comunicação: -0,14%

O que puxou a alta dos combustíveis

A alta do grupo Transportes foi provocada, principalmente, pelo aumento dos combustíveis (3,29%), que em outubro haviam recuado 1,27%. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%. A gasolina, em particular, exerceu o maior impacto individual no índice do mês, com 0,14 p.p.

Houve alta ainda em emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 p.p. No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro. “A alta da gasolina está ligada ao aumento do preço do etanol. Isso ocorreu por conta de um período de entressafra da produção de cana de açúcar. A gasolina leva álcool anidro em sua composição”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Alimentação desacelerou

O grupo Alimentação e bebidas desacelerou de outubro para novembro. A alta de 0,53% foi puxada pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente). Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).

O destaque no lado das quedas foi o leite longa vida (-7,09%), assim como já havia acontecido nos meses anteriores. No ano, a variação acumulada do produto, que chegou a 77,84% em julho, está agora em 31,20%. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%). A variação da alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou abaixo do mês anterior (0,49%). Enquanto a refeição desacelerou de 0,61% em outubro para 0,36% em novembro, o lanche seguiu caminho inverso, passando de 0,30% para 0,42%.

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.