O deputado federal João Roma (PL) considerou um “verdadeiro absurdo” a decisão do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, de multar em R$ 22,9 milhões a coligação formada pelo PL, PR e PP, ao negar a ação sobre as urnas com a alegação de litigância por má fé.
“É revanchismo, ir pra cima do denunciante sem cumprir o papel de fazer a devida apuração”, disse em entrevista ao programa “Frente a Frente”, na Rede Viva.
Para Roma, a decisão do ministro Alexandre de Moraes contribui para agravar o sentimento de injustiça que vem motivando as manifestações populares. “É um passo severo em direção ao radicalismo esse ato contra a ação do PL. O Judiciário deveria estar trabalhando pela pacificação do país. Fazer gestos para acalmar os ânimos. É o sentimento de injustiça que está levando o povo às ruas, mais do que a possibilidade de fraude”.
O deputado baiano clamou por um freio aos desmandos de Moraes. “O parlamento não pode ficar em silêncio, vendo a Constituição Federal sendo rasgada”. João Roma afirmou ser fundamental o reequilíbrio dos poderes da República. “O Judiciário está indo além, desequilibrando a balança”. Na opinião dele, isso gera insegurança jurídica e prejudica o Brasil.
Embora a temperatura esteja alta no país, Roma disse não vê riscos para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, observou que Lula precisa fazer gestos em prol da pacificação nacional. “O presidente Bolsonaro já se pronunciou em defesa de manifestações pacíficas, sem invasões de propriedades e respeitando o direito de ir e vir”.
Na avaliação de João Roma, Bolsonaro saiu fortalecido das eleições e, em seu mandato, resgatou o sentimento de nacionalidade. “O presidente Bolsonaro é o grande líder para comandar a oposição nacional. Ele tem dito sempre que não desistamos do Brasil”. Roma informou que, na presidência estadual do PL, vai trabalhar na estruturação do partido no quarto colégio eleitoral do país. “Vamos fortalecer a oposição na Bahia”.