A recente estreia da Copa do Mundo, a Black Friday e as festas de fim de ano, como Natal e Ano Novo, prometem movimentar o comércio na Bahia.
A expectativa do setor é de aumento nas vendas e também maior oferta de vagas de emprego temporário. Com o mercado aquecido, a estimativa é de que sejam geradas mais de 10 mil funções temporárias no estado, conforme o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta.
“O Sindilojas está extremamente confiante e vamos ter um movimento econômico de 15% acompanhando o movimento da Black Friday até o Natal. Acreditamos que vamos ter essa geração acima de 10 mil postos de trabalhos temporários. E, no mínimo, que 20% dos comerciários sejam efetivados até o final de fevereiro”, aponta. Motta ainda destaca que o cenário é animador para os trabalhadores que enfrentaram dificuldades com a pandemia da Covid-19, a exemplo do desemprego, além dos jovens que buscam a primeira colocação profissional.
“Temos que dar oportunidades aos comerciários que perderam o emprego por conta da redução da atividade econômica no período da pandemia. Em seguida, dar chance às pessoas que estão buscando o primeiro emprego e tenham interesse na área comercial”, enfatiza. Já o presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel de Jesus, espera que pelo menos 50% dos trabalhadores temporários sejam efetivados. Ele também ressalta a necessidade de oportunizar vagas e oferta de treinamento para quem busca o primeiro emprego.
“Nossa expectativa é a geração de várias vagas temporárias até janeiro. E que pelo menos 50% dessas pessoas sejam efetivadas depois, além de boas vendas e elevação da economia da nossa cidade. Com a Black Friday, Copa do Mundo e festas de fim de ano, a economia tem que se aquecer. Não é só importante para a economia da cidade, mas para os comerciários que precisam do emprego”, afirma.
Ainda segundo ele, o aumento das contratações temporárias também acende o alerta do sindicato em relação aos direitos trabalhistas. “A nossa vigilância é permanente, estamos atentos a possíveis casos de exploração dos trabalhadores. A nossa convenção é bem clara: são 44 horas semanais, não pode exceder. Os trabalhadores não podem laborar mais que dois domingos por mês. No domingo, tem que ser efetuado o pagamento, a folga, o vale-alimentação e transporte. Isso vale também nos feriados. O sindicato vai estar de plantão e vigilante com essas questões, visitando as lojas, conversando com os trabalhadores para que não haja exploração”, destaca.
Quanto ao cenário nacional, cerca de 95 mil vagas devem ser abertas no país até dezembro, segundo um levantamento realizado em todas as regiões do Brasil pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.