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PIB BAHIA 2020: EM ANO MARCADO PELA PANDEMIA, AGROPECUÁRIA BAIANA CRESCE 10,5%

Redação - 19/11/2022 13:03 - Atualizado 19/11/2022

Em 2020, o PIB baiano totalizou R$ 305,3 bilhões, com retração de -4,4% na comparação com 2019. Entre os componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto teve variação negativa -4,3% e os impostos caíram -4,9%.

Em termos de participação, o estado representou 4,01% da economia nacional em 2020 e manteve-se na 7ª posição entre as Unidades da Federação. Em relação ao Nordeste, a Bahia participou com 28,3% do PIB da região. Analisando-se a estrutura do PIB, os três setores econômicos (agropecuária, indústria e serviços) correspondem a 87,9% enquanto os 12,1% restantes são relativos aos impostos líquidos de subsídios.

Os dados do PIB de 2020, pela ótica da renda, evidenciam que os Salários foram o componente mais afetado negativamente pela crise do coronavírus – estes saíram de uma participação equivalente a 35,6% em 2019 para 32,6% em 2020, contribuindo com uma menor participação da Remuneração sobre o PIB da Bahia. O PIB per capita baiano foi de R$ 20.449 em 2020, com crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior; foi a maior renda per capita da região Nordeste, superando os estados de Rio Grande do Norte e Pernambuco – 1º e 2º colocados em 2019. Desde 2010, o PIB per capita da Bahia ocupa as primeiras posições da região nordeste. Em âmbito nacional a renda per capita do Brasil foi de R$ 35.936 e a do Nordeste de R$ 18.812.

A Agropecuária, com alta de 10,5% em volume, foi o único grande setor com resultado positivo no ano da pandemia. Como consequência da variação em volume e do aumento de preços dos produtos agrícolas, a participação do setor no valor adicionado bruto passou de 6,8% em 2019 para 10,4% em 2020 – ganho de 3,6 p.p. Dentro do setor, as culturas que mais contribuíram positivamente para o desempenho positivo foram o cultivo de soja, cultivo de cereais e as lavouras temporárias. Já a Pecuária, inclusive apoio à pecuária caiu 1,3% e Produção florestal, pesca e aquicultura registrou recuo de 4,0%.

O setor industrial, apesar de registrar variação negativa em volume de -0,4%, ganhou participação no total da economia do Estado do Bahia, passando de 21,8%, em 2019, para 22,2%, em 2020. Entre as atividades industriais, as Indústrias de transformação – atividade de maior peso do setor –, apresentaram variação em volume de -0,3%. Também registram quedas as Indústrias extrativas (-3,7%) e a Construção (-2,3%). A única atividade industrial com taxa positiva foi Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação que cresceu 2,5%.

Por conta das medidas necessárias de isolamento social, devido à pandemia da COVID-19, o setor de Serviços foi o mais afetado e apresentou retração de 6,9% em volume, desempenho que contribuiu para a redução de participação equivalente a 4,0 p.p., do setor na economia da Bahia, em comparação ao ano anterior. As maiores quedas em volume dos Serviços foram registradas em: Serviços domésticos (-29,2%); Alojamento e alimentação (-28,1%); Transporte, armazenagem e correio (-14,5%) e Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (-11,4%).

Em 2020, quatro atividades econômicas representaram 55% do Valor Adicionado do estado da Bahia, são elas: Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social com 21,6% do VA baiano; Indústrias de Transformação (12,3%); Comércio (11,5%); e Atividades Imobiliárias (9,8%).

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