A redução da população ocupada no 3o trimestre de 2022, na Bahia, foi puxada com mais força pela queda no número de trabalhadores por conta própria e, em menor intensidade, pela diminuição dos empregados no setor privado com carteira assinada.
Entre julho e setembro, o contingente de pessoas trabalhando por conta própria chegou a 1,685 milhão, no estado. Houve queda de 4,4% frente ao 2o trimestre (quando havia 1,763 milhão de autônomos), o que representou menos 78 mil trabalhadores nessa condição em três meses.
Na comparação com o 3o trimestre de 2021 (quando 1,874 milhão de pessoas eram trabalhadoras por conta própria na Bahia), a queda foi ainda maior: -10,1%, ou menos 189 mil autônomos no estado, em um ano. Mas a redução dos contas-próprias não ocorreu em função do aumento da formalização no mercado de trabalho baiano. Os empregados no setor privado com carteira assinada também se reduziram do 2o para o 3o trimestre (-1,5% ou menos 24 mil trabalhadores nessa condição ), somando 1,533 milhão de pessoas.
Por outro lado, do 2o para o 3o trimestre de 2022, na Bahia, aumentaram tanto o total de empregados no setor privado sem carteira assinada (+4,1% ou mais 49 mil pessoas nessa condição) quanto o de trabalhadores domésticos sem carteira (+6,0% ou mais 18 mil). O contingente de empregados no setor privado sem carteira chegou a 1,235 milhão de pessoas e foi recorde no estado, nos dez anos da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
As variações nas formas de inserção no mercado de trabalho baiano resultaram num quadro de estabilidade da informalidade, no 3o trimestre de 2022. Entre julho e setembro, 3,206 milhões de pessoas trabalhavam como informais no estado, o que representava 53,3% de toda a população ocupada. No trimestre anterior, esse número era bem pouco maior (3,208 milhões de informais), mas representava um pouco menos no total de trabalhadores (53,1%).
Frente ao 3o trimestre de 2021, o número absoluto de informais mostrou um recuo discreto na Bahia (-0,6% ou menos 20 mil trabalhadores nessa situação em um ano), e a sua proporção em relação ao total da população ocupada também caiu (era de 55,7% no 3o tri/21).