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AGROPECUÁRIA SE DESTACA, PORÉM SERVIÇOS E INDÚSTRIA PUXAM QUEDA NO PIB DA BAHIA, DIZ IBGE

Redação - 16/11/2022 13:00 - Atualizado 16/11/2022

Entre 2019 e 2020, dos três grandes setores produtivos baianos, dois apresentaram retração em volume: os serviços (-6,9%) e a indústria (-0,4%).

Por outro lado, a agropecuária (10,5%) teve um importante crescimento no período. Os serviços foram os mais afetados pela pandemia, e isso foi determinante para o seu recuo (-6,9%). O setor gerou um valor adicionado bruto de R$ 180,7 bilhões em 2020 e, embora continue representando a maior fatia na Economia da Bahia, teve uma importante diminuição na participação no valor adicionado do PIB estadual, de 71,3% em 2019 para 67,4% em 2020, o menor patamar desde 2010.

As maiores quedas em volume nos serviços na Bahia foram registradas em serviços domésticos (-29,2%); alojamento e alimentação (-28,1%); transporte, armazenagem e correio (-14,5%) e artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (-11,4%). Já a indústria baiana apresentou uma retração menos intensa entre 2019 e 2020 (-0,4%), gerando um valor adicionado de R$ 59,5 bilhões. Apesar da queda, o setor teve um teve pequeno ganho de participação na Economia do estado, saindo de 21,8% em 2019 para 22,2% em 2020.

A indústria de transformação, que tem o maior peso no estado, apresentou variação negativa em volume (-0,3%), mas ganhou participação por conta da atividade de refino de petróleo, onde houve redução de custos. Entre os demais segmentos industriais, houve quedas na indústria extrativa (-3,7%) e na construção (-2,3%), enquanto eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação cresceu 2,5%.

Por sua vez, a agropecuária baiana apresentou em 2020 um crescimento de volume significativo (10,5%), gerando um valor adicionado bruto de R$ 28 bilhões. Com isso, a atividade teve um expressivo ganho de participação no PIB do estado, passando de 6,8% para 10,4% de todo o valor gerado, maior patamar em 13 anos (desde 2007). O acréscimo em volume foi puxado pela atividade de agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, que cresceu 16,0%, devido principalmente ao cultivo de soja, mas também aos cereais e outras lavouras temporárias.

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