O presidente Jair Bolsonaro vai ter um cargo no PL, partido ao qual é filiado, após deixar a Presidência da República, no dia 1º de janeiro.
O acerto foi feito com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Bolsonaro e Valdemar conversaram na segunda-feira (31) sobre o futuro do presidente.
A derrota de Bolsonaro para Lula (PT) no segundo turno foi a primeira vez que o presidente perdeu uma eleição na vida. Desde 1988, ele vinha conseguindo se eleger para os mandatos que disputou. 2023 será o primeiro ano em mais de três décadas em que Bolsonaro não terá mandato.
O fato de Bolsonaro perder o foro privilegiado foi um dos principais motivos para ele buscar o cargo no PL. O presidente busca contar também com o corpo de advogados do partido. No PL, Bolsonaro atuará como consultor. Ele deverá ter um escritório político, a partir do qual vai organizar uma oposição ao governo Lula. Valdemar estuda ceder uma sala em um conjunto de edifícios na parte central de Brasília para servir de base para o presidente.
Também pesa para Bolsonaro ficar em Brasília a proximidade com seus filhos Flávio, senador, e Eduardo, deputado, que continuarão morando na capital. O avanço da negociação com o PL em torno desse cargo contribuiu para Bolsonaro ter feito, na terça-feira (1º), dois dias após a eleição, o pronunciamento em que sinalizou o início da transição de governo e garantiu cumprir a Constituição.
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