Os governadores dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul determinaram que a PM atue para liberar as rodovias no país bloqueadas por manifestantes bolsonaristas que protestam contra o resultado das eleições de domingo (30).
O governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) afirmou que deu ordem para que o Batalhão de Choque da Polícia Militar desobstrua as estradas, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em uma rede social, Rodrigo Garcia, governador de São Paulo, considerou os bloqueios nas rodovias paulistas inadmissíveis e disse que o MP e a PM foram acionados para que as vias sejam desbloqueadas. Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que a Polícia Militar vai auxiliar na liberação de rodovias estaduais e federais que estão fechadas no estado e disse que solicitou as forças de segurança que tomem as medidas necessárias. No entanto, ele ainda não detalhou quais serão as ações.
Nesta terça-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reiterou que as polícias militares dos estados são capazes de desobstruir rodovias federais bloqueadas e identificar, multar e prender os responsáveis. Normalmente isso cabe a PRF, mas o STF determinou que a PM possui “plenas atribuições constitucionais e legais para atuar” na questão.
São Paulo
“Bloqueio de estradas é inadmissível. As pessoas têm o direito de ir e vir”, afirmou Rodrigo Garcia, em postagem no Twitter. Moraes reforça que PMs também podem desbloquear vias federais, multar e prender responsáveis
Rio de Janeiro
“É preciso respeitar o resultado das urnas; quem foi vitorioso precisa ter a tranquilidade de reunir forças e trabalhar pelo Brasil”, disse Claudio Castro, governador do Rio. O governador é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro.
Minas Gerais
“Já solicitei às nossas forças de segurança que tomem as medidas necessárias para desobstruir qualquer via ou estrada que esteja interditada por manifestações. A eleição já acabou e, agora, nós temos que assegurar o direito de todos de ir e vir e também que as mercadorias cheguem onde precisa para não haver desabastecimento. Vamos cumprir a lei”, disse Romeu Zema.
Foto: Roosevelt Cassio/Reuters