A Bahia já registrou 11 casos de assédio eleitoral no estado neste ano, segundo o Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA).
Segundo o MPT, três casos aconteceram no primeiro turno, enquanto outros oito foram registrados no 2º turno, como o caso do setor do agronegócio, que orientou funcionárias a colocarem “o celular no sutiã”.
Ao G1 Bahia, o procurador-geral do trabalho, José Lima Ramos, informou que o empresário será notificado a comparecer no MPT para prestar informações sobre a situação. Para o procurador, áudios como o de Adelar Eloi servem para reforçar a discussão sobre coação de votos.
“Empresários, empresas e patrões não podem utilizar dessas coações para forçar um voto ou a declaração desse voto. Isso é um assédio eleitoral que precisa ser combatido e infelizmente situações como essa estão acontecendo em um volume muito alto no Brasil”, afirmou.
Ainda de acordo com o procurador, nas últimas eleições presidenciais, em 2018, nenhum caso foi constatado no estado. Apesar disso, na época houveram 212 denúncias no Brasil, referentes a 98 empresas. Em 2022, até esta quinta-feira (20) foram registradas 903 denúncias referentes a 750 empresas no país.
Foto: Divulgação/Ministério Público do Trabalho (MPT)