Se para muitas mulheres, a dança empodera e possibilita conexão com a essência feminina, para outras representa uma forte aliada durante a recuperação da saúde física e emocional.
É o caso de mulheres mastectomizadas que se encontram em processo de tratamento do câncer de mama, mas que recebem atenção e acolhimento de projetos como o Dança que Cura, que leva a dança do ventre como terapia alternativa a espaços públicos da capital baiana. Desta vez, as pacientes do Hospital Aristides Maltez (HAM) serão contempladas, no dia 26 deste mês, às 15h, com um momento especial da coreografia “Gabriela”, que representa o renascimento da mulher com toda sua força e energia.
O evento acontecerá no auditório do hospital, será aberto ao público e contará com a participação das alunas do Projeto Dança que Cura, composto por 12 mulheres, sendo seis do município de Queimadas (BA), onde está estabelecida a sede do projeto, e seis de Salvador. A convite da Liga Brasileira Contra o Câncer, o projeto chega ao Hospital Aristides Maltez com o propósito de fortalecer o autoconhecimento, desenvolver o autoamor e resgatar a autoestima das pacientes em tratamento.
De acordo com a idealizadora do Dança que Cura, Vanda Mattos, a dança do ventre é considerada terapia complementar no tratamento das pacientes, pois auxilia na liberação dos hormônios da felicidade: endorfina, oxitocina, serotonina e dopamina, e promove relações sociais saudáveis. “Durante a pandemia, tive Chikungunya com o grau mais elevado da doença, e com isso, sérias inflamações surgiram nas articulações, o que comprometeu minha mobilidade e me fez perder a vontade de fazer quase tudo”, relatou. “Fiz aulas online de dança do ventre que me auxiliaram, por meio das músicas, passos e coreografias, a retomar os movimentos, e aos poucos a minha rotina, e deixando de lado os medicamentos”, completou. A programação do evento inclui apresentação de outras atividades culturais realizadas pelas pacientes e será conduzida pela coordenação do voluntariado.