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EUA DIZ QUE OBJETIVO NA GUERRA É VENCER A CHINA

Redação - 13/10/2022 13:20

Vencer a China a longo prazo e conter a Rússia imediatamente, para continuar sendo a maior potência do mundo: a Casa Branca reafirmou as prioridades estratégicas do presidente Joe Biden.

“A era pós-Guerra Fria acabou e a competição começou entre as principais potências para determinar o que a sucederá”, afirmou o assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, em discurso na Universidade de Georgetown, ao apresentar a “Estratégia de Segurança Nacional” dos Estados Unidos.

Sullivan falou em uma “década decisiva” ao apresentar essas prioridades, que todo novo governo americano deve tornar públicas. O documento, de 48 páginas, abrange uma infinidade de temas e todos os cantos do planeta. Para o assessor, a dificuldade está em conciliar uma lógica de “competição” e uma busca de “cooperação” diante das ameaças que pesam sobre toda a humanidade, independentemente das fronteiras: as mudanças climáticas, que, segundo ele, são “a maior ameaça comum”, mas também a fome, as doenças, o terrorismo e a inflação.

“Nossa prioridade é manter nossa vantagem competitiva sobre a China, enquanto contemos uma Rússia ainda profundamente perigosa”, detalha o documento, assinado pelo presidente americano. A Rússia de Vladimir Putin “representa uma ameaça imediata, violando de forma imprudente as leis básicas da atual ordem internacional”. A China, “ao contrário, é o único competidor com a intenção de mudar a ordem internacional e, cada vez mais, o poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para avançar nesse objetivo”, diz o texto.

Mas a China também é o maior parceiro comercial de Washington, lembrou Sullivan. Os Estados Unidos pretendem “modernizar o sistema atual de comércio internacional”, no impulso de um Biden que mostra um patriotismo econômico desinibido. “Em suma, não podemos voltar aos tradicionais acordos de livre-comércio do passado. Precisamos nos adaptar”, advertiu o assessor de Biden. “Não tentaremos dividir o mundo em blocos rígidos. Não buscamos que a competição se transforme em confronto ou em uma nova Guerra Fria”, ressaltou Sullivan, em conversa com jornalistas.

Foto: divulgação

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