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PUXADA PELOS COMBUSTÍVEIS, RM DE SALVADOR TEM MAIOR DEFLAÇÃO PARA SETEMBRO EM 24 ANOS

Redação - 11/10/2022 16:00

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em -0,32% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Foi o menor índice para esse mês, na RMS, em 24 anos, desde 1998, quando havia ficado em -0,75%. Também mostrou uma terceira deflação seguida (redução média dos preços), acelerando o ritmo de queda frente ao registrado no mês anterior (havia sido de -0,17% em agosto).

A deflação de setembro na RMS (-0,32%) foi mais intensa do que a verificada no país como um todo (-0,29%) e o 5º menor índice, dentre as 16 regiões investigadas separadamente. No mês, 15 delas tiveram quedas médias nos preços, lideradas pelas regiões metropolitanas de Fortaleza/CE (-0,65%), Porto Alegre/RS (-0,46%) e Recife/PE (-0,43%). Apenas a Grande Vitória/ES (0,17%) teve variação positiva.

Com o resultado de setembro, o IPCA na RM Salvador acumulado em 2022 desacelerou pelo terceiro mês (aumentou menos do que no mês anterior), ficando em 4,97% (frente a 5,30% até agosto). Continua, porém, acima do índice nacional (4,09%) e o segundo maior do país, abaixo da RM Rio de Janeiro/RJ (5,50%).

Nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação na RM Salvador está em 8,87%, também mostrando sua terceira desaceleração seguida (havia ficado em 10,42% nos 12 meses encerrados em agosto). Continua, porém, acima do indicador nacional (7,17%) e se manteve a mais elevada do país pelo terceiro mês consecutivo.

O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, no ano e nos 12 meses encerrados em setembro de 2022.

Deflação de setembro na RMS foi concentrada em 3 dos 9 grupos e puxada pelos combustíveis (-7,31%) e acesso à Internet (-13,17%)

Em setembro, a deflação medida pelo IPCA na Região Metropolitana de Salvador (-0,32%) foi novamente concentrada em recuos nos preços médios de três dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice.

Assim como já havia ocorrido em agosto e julho, o resultado foi fortemente influenciado pela queda verificada no grupo transportes (-2,43%), por sua vez puxada pelos combustíveis (-7,31%).

A gasolina (-7,18%) foi, pelo terceiro mês seguido, o item que individualmente mais puxou o IPCA da RM Salvador para baixo. Já o etanol (-14,41%) teve a segunda queda mais intensa dentre todos os produtos e serviços pesquisados para formar o índice de inflação e também exerceu importante influência de baixa. O preço médio do diesel também recuou (-1,76%), ainda que com bem menos intensidade.

Ainda no grupo transportes, a queda dos ônibus urbanos (-4,29%), consequência da redução dos preços das passagens aos domingos, também teve contribuição relevante para a deflação de setembro, na RMS.

Já no grupo comunicação, que teve a retração média mais intensa na RM Salvador (-2,55%), a principal influência veio do acesso à Internet (-13,17%).

Embora tenha mantido uma discreta variação positiva de preços no mês, o grupo alimentação e bebidas (0,06%) desacelerou de forma importante (aumentou bem menos) frente a agosto (0,90%) e teve o menor IPCA em quase dois anos, desde agosto de 2020, quando havia registrado deflação (-0,19%).

Alguns alimentos que vinham mostrando fortes altas nos últimos meses também tiveram deflação em setembro, na RMS, ajudando a segurar o custo de vida. Foi o caso do leite longa-vida (-3,54%). Outros se mantiveram em queda, como o óleo de soja (-7,36%), as carnes (-0,43%), a cenoura (-10,49%) e o tomate (-4,55%).

Por outro lado, dos seis grupos de produtos e serviços que seguiram com os preços em alta, as principais pressões inflacionárias vieram de vestuário (1,36%, maior aumento) e despesas pessoais (0,47%).

Individualmente, porém, os aumentos da energia elétrica (1,14%) e dos planos de saúde (1,07%) foram os que tiveram as maiores contribuições de alta no IPCA de setembro, na RM Salvador.  

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