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O 2º TURNO SERÁ BOM PARA A ECONOMIA

Redação - 06/10/2022 07:53 - Atualizado 06/10/2022

 A realização do segundo turno será muito bom para a economia brasileira, pois os candidatos terão que apresentar suas propostas em relação a temas econômicos fundamentais.  

Luís Inácio Lula da Silva, por exemplo, não pode ficar focado apenas em seu primeiro governo e precisará dizer quais suas propostas econômicas, sendo importante, inclusive, a definição do seu ministro da Economia. E Jair  Bolsonaro, tampouco pode simplesmente dizer  que economia é com o Posto Ipiranga e seu ministro Paulo Guedes não pode ficar apenas afirmando que o Brasil é a melhor economia do mundo, sem dizer como vai enfrentar os problemas econômicos.

Uma questão fundamental, por exemplo, é a política fiscal.  Lula é contra o  teto de gastos e fala em criar uma nova âncora fiscal, mas não explicita sua proposta. Bolsonaro, por outro lado, abandonou o teto de gastos e diz que fará alterações na regra fiscal, mas tampouco explicita suas propostas. E, no entanto,  o maior desafio da economia brasileira é criar uma âncora fiscal que seja crível e tenha um componente de redução de despesas, como afirma o ex-ministro Maílson da Nóbrega, um craque na economia. Ele lembra que há a ideia de usar a relação dívida/PIB como âncora e/ou tirar os programas sociais do teto de gastos, mas  que nada disso deu certo antes.

Os candidatos precisam abordar também  a reforma tributária. Lula propõe simplificar a tributação do consumo e desonerar produtos de tecnologia e quer estabelecer um regime mais progressivo nos impostos, de modo a que quem ganha mais pague mais, mas não explicita como isso será feito. Já Bolsonaro está reduzindo impostos do setor produtivo, o que é bom, mas faz isso sem sustentação, pois os estados já estão com rombo na arrecadação, por conta da redução do ICMS, e para viabilizar o equilíbrio nas receitas federais será necessário criar novos impostos.  A equipe de Paulo Guedes já estuda  proposta de tributação de lucros e dividendos, que também está prevista no programa de Lula, e estuda a criação de um tributo sobre transações financeiras.

Outro aspecto a ser discutido pelos candidatos é o papel do Estado na economia.  Bolsonaro quer reduzir a presença do Estado, mas tem aumentado as despesas com a máquina pública. No entanto, tem reduzido impostos e se mostrado favorável à privatização, tendo privatizado algumas empresas importantes. Lula é contra a privatização das estatais e bancos públicos e defende a interferência do Estado na economia, inclusive para estimular o investimento e está propondo um novo PAC, mas precisa definir os limites dessa intervenção. E ambos têm de dizer o que pensam em relação à Petrobras e a sua política de preços. Mas esses são apenas alguns dos temas e o país precisa que os candidatos divulguem suas propostas em relação ao agronegócio, ao turismo, ao setor industrial e comercial, à tecnologia e à qualificação de mão-de-obra. O povo brasileiro está cansado de agressões e espera que no 2º turno os candidatos apresentem propostas.

                                        QUEM CRIA EMPREGO NA BAHIA

  Quem lidera a geração de emprego com carteira assinada na Bahia é o setor de serviços. Entre janeiro de agosto deste ano, a Bahia gerou 108 mil novos empregos e destes 43% foram gerados no setor de serviços, 22% pela construção civil e 20% pelo  setor industrial. A agropecuária respondeu por 8% do total e O  comércio  gerou apenas 6% dos novos empregos. Nesta quadra de elevação do crescimento, o setor comercial, que já foi o segundo maior gerador de empregos na Bahia, está em último lugar. Isso decorre do baixo crescimento das vendas, resultante da inflação que corroeu o poder de compra e dos juros altos que tornam o crédito caro. Quem puxa o crescimento do PIB é o setor de serviços. 

                                        ACELEN E O ZERO CARBONO

 Zero Carbono é a política que está sendo implementada por empresas interessadas na sustentabilidade, que tem como objetivo neutralizar a emissão de gases do efeito estufa. Pois bem, recentemente a Acelen adquiriu uma carga de petróleo com neutralização de todo o carbono gerado na logística marítima. É a primeira vez que é praticada a pegada zero de carbono na logística marítima de petróleo no Brasil. A iniciativa é uma prática cada vez mais comum entre as empresas que buscam excelência do ponto de vista social, ambiental e de governança. Os créditos de carbono funcionam como um pagamento para projetos de conservação de ecossistemas e compensação de carbono florestal. Esse é o caminho.

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