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EM LONDRES, BOLSONARO VOLTA A SE IRRITAR COM JORNALISTAS E ENCERRA ENTREVISTA

Redação - 19/09/2022 12:00

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle, participaram nesta segunda-feira (19) do funeral da rainha Elizabeth II.

Antes de deixar a residência oficial do embaixador do Brasil em Londres para participar da cerimônia, Bolsonaro se irritou ao ser questionado se a viagem poderia influenciar na campanha à reeleição ao Palácio do Planalto.

“Você acha que eu vim aqui fazer política?”, disse Bolsonaro.

Antes de ficar contrariado com a pergunta, o próprio presidente, durante entrevista e em conversa com apoiadores, introduziu o contexto político-eleitoral brasileiro.

Questionado sobre a presença no funeral, Bolsonaro afirmou que “todo mundo vai ter um ponto final”. E acrescentou que, na hora do juízo final, não vai ter ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para “descondenar uma pessoa e torná-la elegível”.

“O julgamento [final] vai ser pelas suas ações e omissões. Todo aquele que trabalhou contra o próximo ou que se omitiu na hora em que poderia ajudar, segundo as escrituras, para quem acredita, vai ter o seu veredito. E lá não tem gente – como alguns do Supremo, já vão falar que eu estou criticando o Supremo – para descondenar uma pessoa e torná-la elegível”, disse Bolsonaro.

Em outro momento, dirigindo-se a apoiadores, Bolsonaro voltou ao tema eleitoral. “Por que a insistência em querer botar um ladrão de volta na Presidência? Alguém acha que é uma maravilha ser presidente? Botar um ladrão, com aquela quadrilha toda, na Presidência”, afirmou.

O presidente também classificou como “canalhice” e “covardia” reportagem do portal UOL que apontou que 51 imóveis comprados pela família Bolsonaro foram pagos em dinheiro vivo. E, sem mencionar suspeitas de desvios no seu governo, afirmou que o Brasil está há “três anos e meio sem corrupção”.

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