Em agosto, a variação negativa do IPCA na Região Metropolitana de Salvador (-0,17%) foi concentrada em recuos nos preços médios de três dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Assim como havia ocorrido em julho, o resultado foi fortemente influenciado pela queda verificada no grupo transportes (-4,35%), por sua vez puxada pelos combustíveis (-11,71%), com força maior da gasolina (-12,20%) e do etanol (-11,40%), mas contribuição importante também do diesel (-6,61%).
Além deles, as passagens aéreas (-17,88%) também mostraram forte deflação em agosto, contribuindo para a variação negativa do IPCA na RM Salvador.
Os grupos comunicação (-1,67%) e artigos de residência (-0,14%) também tiveram quedas médias dos preços em agosto, puxados respectivamente pelos planos de telefonia móvel (-4,14%) e fixa (-9,44%) e pelos televisores (-2,82%).
Por outro lado, dentre os seis grupos de produtos e serviços que seguiram com os preços em alta, as principais pressões inflacionárias vieram de saúde e cuidados pessoais (1,70%) e alimentação e bebidas (0,90%). Ambos tiveram aceleração da inflação, ou seja, viram seus preços médios aumentarem mais em agosto do que em julho.
Entre as despesas com saúde e cuidados pessoais, a principal contribuição de alta veio do grupo de produtos de higiene pessoal (3,11%), com destaque para o perfume (5,51%). Os planos de saúde também seguiram como importante pressão inflacionária, na RMS, em agosto (1,07%).
Já entre os alimentos, os leites e derivados (7,25%) mantiveram-se como principal influência no sentido de puxar o IPCA para cima. Embora tenha aumentado menos do que em julho (25,22%), o leite longa vida registrou a maior alta entre todos os produtos e serviços pesquisados para formar o índice de inflação (13,93%) e seguiu como a pressão de alta mais forte no custo de vida da RM Salvador, em agosto.
O gás de cozinha também seguiu aumentando (4,35%) e, pelo peso que tem nas despesas das famílias, exerceu a segunda maior pressão inflacionária individual em agosto, na RM Salvador.