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TRABALHO INTERMITENTE PAGOU EM MÉDIA MENOS DE UM SALÁRIO MÍNIMO EM 2018, MOSTRA DIEESE

Redação - 24/01/2020 11:04

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em 43% dos vínculos intermitentes a remuneração foi inferior a um salário mínimo em dezembro de 2018. Além disso, entre os vínculos em 2018, 11% não tiveram renda. Ou seja, um em cada 10 contratos intermitentes não geraram renda para o trabalhador. Veja os principais resultados da pesquisa abaixo:

  • 11% dos vínculos intermitentes não geraram atividade ou renda em 2018
  • 40% dos vínculos que estavam ativos em dezembro de 2018 não registraram nenhuma atividade no mês
  • Remuneração foi inferior a um salário mínimo em 43% dos vínculos intermitentes que registraram trabalho em dezembro
  • Remuneração mensal média dos vínculos intermitentes foi de R$ 763 em dezembro
  • Número de contratos intermitentes representou 0,13% do estoque de empregos formais, em 2018, e 0,29%, em 2019
  • Vínculos de trabalho intermitente ativos no final de 2018 tinham, em média, duração de cerca de 5 meses, divididos em 2 meses de espera e 3 meses de trabalho efetivo.

O trabalho intermitente foi criado pela reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017 com a promessa do governo na época de gerar 2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por mês. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24) revelam que das 644 mil vagas de emprego criadas em 2019, 106 mil (16,5%) foram na modalidade de trabalho intermitente. Na modalidade, o trabalhador fica à disposição para trabalhar, aguardando, sem remuneração, ser chamado pelo empregador. Enquanto o trabalhador não for convocado, ele não recebe. E, quando é chamado para executar algum serviço, a renda é proporcional às horas efetivamente trabalhadas.

Foto: divulgação

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