Canditato ao Governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto falou sobre o “voto de confiança” dado ao atual presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, que ‘não se sente satisfeito’. Se assim fosse, estaria apoiando sua reeleição. “Eu não me senti inteiramente satisfeito com o voto de confiança que eu e 52 milhões de pessoas demos nele”, respondeu Neto em sabatina à rádio Metropole.
Neto ainda lembrou que, durante o primeiro turno das eleições de 2018, ele declarou apoio e fez campanha para o então candidato Geraldo Alckmin, do PSDB. “Fiz aquilo com absoluta convicção, porque naquele momento eu não achava nem que Haddad nem Bolsonaro me representassem. No segundo turno, precisei fazer uma escolha”, relembrou.
Sobre a educação na Bahia, o candidato ao palácio de Ondina fez questão de responder ao atual governador Rui Costa, que afirmou que, enquanto prefeito, Neto havia ignorado a oferta de terrenos para a construção de creches.
“Faço questão de rebater, com toda educação, não vou descer no nível do governador. Com relação às creches, fui a Brasília, conversar com o então ministro da Educação, Mercadante, para ver como poderíamos avançar junto ao projeto Brasil Carinhoso. Quando cheguei lá, os terrenos que foram apontados pela gestão que me antecedeu eram inviáveis. E o modelo do projeto era inexequível. E não foi só salvador, praticamente todos os municípios não conseguiram avançar. Brasil Carinhoso era propaganda”, declarou o candidato.
Na última segunda-feira (5), o governador Rui Costa declarou que ofereceu terrenos para que a prefeitura construísse as creches disponibilizadas pelo projeto Brasil Carinhoso, do governo federal. Segundo Rui, o então prefeito teria negado a oferta. Em um evento em Lauro de Freitas, o governador chegou a provocar Neto, pedindo que ele o desmentisse.
“Salvador foi a cidade que mais avançou no Ibed, eu universalizei o acesso à pré-escola. Eu acho que Rui tem um problema, ele queria muito ser prefeito de Salvador. Ele passou quase o período todo, os seis anos do meu mandato e dois anos com Bruno, com uma certa dor de cotovelo. Eu procedi diferente. Quando veio a pandemia, disse, olha vou esquecer ‘olha, vou esquecer que o governador é meio carrancudo, cara fechada, não dá muito papo e vou procurar ele’. E procurei o governador para construir pontes e, graças a Deus, fizemos um belo trabalho, fomos reconhecidos pelo Brasil inteiro”, disse ACM Neto.