O projeto de lei que circulou em 2021, prevendo limites para o uso de dinheiro vivo em transações comerciais não contou com o voto favorável do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Isto porque, além de votar contra o projeto, de acordo com o UOL, Flávio ainda tentou pedir vista e adiar a votação, mas foi impedido pelo presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA).
Ainda segundo o portal, a família do Presidente da República, Jair Bolsonaro, adquiriu 51 imóveis com pagamentos em espécie ao longo das últimas três décadas.
Adquirir imóveis ou outros bens com dinheiro não é crime, mas, segundo especialistas, levanta suspeitas. Diante disso, a proposta que tramita no Senado, realizada por Flávio Arns (Rede-PR), traz como objetivo vetar as transações em espécie acima de 10 mil reais; pagamento de boletos em espécie acima de 5 mil reais (e acima de 10 mil reais para não residentes); trânsito em espécie acima de 100 mil reais e posse em espécie acima de 300 mil reais, salvo situações específicas.
O argumento de Flávio Bolsonaro para votar contra a proposta foi de que “como se trata de renúncia fiscal, preocupação com as contas do governo que, enfim, cada centavo é importante e isso precisa ser melhor discutido”.
Além de Flávio, Carlos e a segunda esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Siqueira Valle, são investigados por suspeita de envolvimento com o repasse ilegal de salários dos funcionários de gabinetes desde 2018, as chamadas “rachadinhas”.