O deputado federal Paulo Azi (União Brasil) disse nesta quinta-feira (1º) que o senador Jaques Wagner (PT) desrespeita o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ao sugerir que a ação na qual se tornou réu por corrupção passiva teria objetivos eleitorais.
“O processo, movido pelo MP baiano, tramita na 1ª Vara Criminal Especializada de Salvador. E pelo que eu saiba, o senador não é candidato a nada este ano. Além disso, houve arquivamento da acusação de lavagem de dinheiro. Isso desmonta completamente a tese sempre repetida pelos petistas quando são investigados. A insinuação de Wagner, além de manjada, é desrespeitosa com o Ministério Público estadual”, afirmou Azi.
Na denúncia, apresentada no final de maio, o MP-BA afirma que Wagner, ainda quando governador da Bahia, em 2014, aceitou uma proposta de vantagem indevida de R$ 30 milhões oferecidos pela Construtora Norberto Odebrecht em troca de negociar um acordo para pôr fim a uma antiga dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) com a Odebrecht, referente à construção da Adutora do Sisal, em 1986.
Azi acrescentou que, ao contrário do que alega Wagner, o MP reuniu diversas provas na ação, entre elas depoimentos dos funcionários da Odebrecht, trocas de e-mails, o termo de acordo para extinção da dívida da Cerb com a construtora e documentos extraídos do Portal Transparência Bahia, com diversos pagamentos efetuados pela companhia estatal à empresa.
Também estão no processo o extrato da conta telefônica de André Vital, então superintendente da Odebrecht – que confirma o contato no qual Wagner cobrou, segundo o executivo, o pagamento – e a prestação de contas da campanha de Rui, na qual consta uma doação de R$ 3,5 milhões da Cervejaria Petrópolis, em prática conhecida como caixa 3.
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