O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) desacelerou 4,2 pontos em agosto, para 116,6 pontos, o menor patamar desde o mês de abril, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (31). Segundo a Economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, o resultado devolveu 71% das altas ocorridas entre maio e julho e foi influenciado pela redução da pressão inflacionária após a queda dos preços dos combustíveis e energia, além do dinamismo do mercado de trabalho.
“Apesar da queda, o indicador continua em patamar historicamente elevado, situando-se acima da alta média de 115 pontos observada entre julho de 2015 e fevereiro de 2020. Uma redução mais expressiva do indicador dependerá principalmente da conjuntura econômica nos próximos meses, particularmente da perspectiva de sustentação da atual fase de crescimento, mas também do quadro político após as eleições”, afirmou em nota divulgada pela FGV.
De acordo com a fundação, os dois componentes do IIE-Br seguiram no mesmo sentido em agosto. O componente de Mídia recuou 2,6 pontos, para 115,1 pontos, contribuindo de forma negativa com 2,3 pontos para o índice agregado. Já o componente de Expectativas — responsável por medir a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas —, caiu 9,3 pontos, para 115,4 pontos, contribuindo negativamente com 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil