O governo Bolsonaro enviou uma carta para a ONU com críticas a maneira com que a entidade tem questionado o comportamento da atual gestão diante das eleições presidencias marcadas para outubro deste ano. A carta sigilosa foi enviada ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, depois que a chefe da divisão das Nações Unidas, Michelle Bachelet, criticou os ataques de Bolsonaro contra o Judiciário, contra as urnas e contra a democracia. As informações são da coluna de Jamil Chade, no UOL.
“Acho que existem muitas situações muito difíceis no Brasil agora sobre direitos humanos. Não só agora. Mas estou seriamente preocupada como informes de aumento da violência política, a manutenção do racismo estrutural e o encolhimento de espaço cívico”, disse Bachelet na última semana. A chefe da divisão apontou que a ONU irá acompanhar de perto os impactos em direitos humanos e o impacto sobre as liberdades fundamentais no processo da eleição e de seus desdobramentos após a votação.
Bachelet ainda seguiu com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro intensificou seus ataques ao Judiciário e ao sistema de votos eletrônicos, inclusive em reuniões com embaixadores (estrangeiros) em julho e que gerou forte reação”, alertou. A postura do governo federal de tentar abafar os comentários da ONU sobre a eleição se assemelha a comportamentos típicos de ditaduras, como Venezuela, China ou Cuba.
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