O primeiro round do que promete ser uma longa batalha judicial entre o Twitter e Elon Musk após o bilionário desistir de comprar a rede social por US$ 44 bilhões vai acontecer nesta terça-feira em um tribunal de Wilmington, Delaware. O acordo do homem mais rico do mundo com o Twitter, firmado em abril, incluía uma cláusula estabelecendo que, em caso de desistência, a parte que quebrasse o acordo pagaria uma multa de rescisão de nada menos de US$ 1 bilhão, sob certas circunstâncias. Musk não quer pagar.
Os advogados do Twitter, que é sediado em São Francisco, pediram à Corte de Chancelaria de Delaware o início do julgamento sem júri em 19 de setembro. Eles alegam que precisam de apenas quatro dias para provar que o bilionário Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo, tem que honrar o acordo e pagar US$ 54,20 por ação pela plataforma de mídia social.
Musk co-fundou a X.com em 1999, empresa de pagamento de serviços financeiros on-line e de e-mail. O negócio se fundiu com a Confinity, uma instituição de operações financeiras. Fusão entre as duas companhias deu origem ao Paypal, depois vendido para o Ebay por US$ 1,5 bilhão em 2002. A empresa argumenta que quer um julgamento até setembro “para proteger o Twitter e seus acionistas de riscos de mercado contínuos e danos operacionais resultantes da tentativa de Musk de forçar sua saída de um acordo de fusão hermético”.
O acordo com Musk perde validade em 25 de outubro. Segundo o contrato, caso a transação ainda estivesse aguardando aprovação regulatória naquele momento, Musk e o Twitter teriam um período adicional de seis meses para fechá-la. Do outro lado, a equipe jurídica de Musk respondeu que os advogados do Twitter estão tentando forçar “indevidamente” um julgamento acelerado.