O Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um pedido para suspender a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas das eleições. O ministro André Mendonça negou que o pedido do deputado Alexis Fonteyne (NOVO-SP) tenha fundamento. Esse princípio estabelece que mudanças na legislação eleitoral somente podem entrar em vigor se aprovadas até um ano antes do pleito.
Apelidada de “PEC Kamikaze”, a proposta aumenta o valor do Auxílio Brasil, amplia o Vale-Gás e cria um “voucher” para caminhoneiros. De acordo com o texto, os benefícios vão vigorar até dezembro deste ano, logo após a eleição, e custarão R$ 42,1 bilhões aos cofres públicos. A PEC é patrocinada pelo governo e foi proposta num momento em que o presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, que indicam ainda a possibilidade do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ser eleito no primeiro turno.
Em sua decisão, Mendonça afirmou que não vê “inequívoco e manifesto desrespeito ao processo legislativo” que justifique suspender a análise da PEC. “Tenho que a autocontenção judicial deve nortear a atuação jurisdicional da Suprema Corte em tais casos, de modo que seja evitada, ao máximo, a prematura declaração de invalidade de ato legislativo ainda no seu processo de formação, diante do evidente risco de que se traduza em interferência indevida do Poder Judiciário sobre o Poder Legislativo, em violação ao princípio da Separação dos Poderes”, escreveu.
Os benefícios previstos na PEC
Confira abaixo quais são os benefícios da PEC, previstos para vigorar somente até dezembro, após as eleições:
Foto: divulgação