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LULA E BOLSONARO SERÃO CAPAZES DE TORNAR JERÔNIMO E ROMA COMPETITIVOS?

Redação - 04/07/2022 09:40 - Atualizado 04/07/2022

A polarização política tomou conta do 2 de julho, a comemoração da independência da Bahia. Sim, no desfile marcaram presença os pré-candidatos Ciro Gomes e Simone Tebet e com boa recepção pelo público. ACM Neto também foi aplaudido nas ruas e marcou sua posição como candidato independente ao governo da Bahia. Mas, queiramos ou não, quem marcou o 2 de julho, inclusive na cobertura nacional de média, foi o embate entre Lula e Bolsonaro.

Tanto um quanto outro cumpriu à risca seu papel: Bolsonaro, majoritariamente apoiado pela classe média de maior poder aquisitivo, saiu em motociata pela capital baiana, reunindo quem tem poder de compra para ter uma moto e assim divulgou sua candidatura, colocando na garupa o candidato ao governo da Bahia; Lula, majoritariamente apoiado pelos pobres e pela classe média desfilou a pé, diferenciando-se de Bolsonaro, e caminhando ombro a ombro com o candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Nada de novo sobre o sol: os passos de Lula e Bolsonaro serão parecidos em vários encontros pelo Brasil afora.

Quanto aos candidatos ao governo da Bahia ainda não é possível mensurar a capacidade de cada presidenciável de fazer deslanchar suas candidaturas. Ao que parece, vai ser preciso muito mais do que um passeio de moto na garupa de Bolsonaro para fazer João Roma quebrar a barreira de 10% do eleitorado que o apoia. Por outro lado, Lula vai ter de fazer muito mais do que ombrear-se a Jerônimo Rodrigues num desfile para fazê-lo quebrar a barreira dos 20% do eleitorado.

Tanto um quanto outro vão ter de por o pé na estrada e montar uma campanha televisiva, de rádio e nas redes sociais que seja capaz de torná-los conhecidos na Bahia, de divulgar o apoio que cada um tem de Bolsonaro e Lula respectivamente e, ao mesmo tempo, fazer tudo para desconstruir a imagem de ACM Neto que, segundo todas as pesquisas, tem a maioria dos votos válidos e assim pode ganhar no primeiro turno.

Não será fácil, e a pergunta que fica é: Lula e Bolsonaro serão capazes de tornar Jerônimo Rodrigues e João Roma competitivos? Não se sabe, mas com certeza não haverá tédio na disputa para governador e tampouco para presidente.

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