A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter a condenação a Jair Bolsonaro (PL) por ofender a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Foram quatro votos contra um.
Patrícia Campos Mello escreveu uma série de reportagens, durante as eleições de 2018, que revelou um esquema de contratação de empresas, com contratos de R$ 12 milhões, para realizar disparos em massa de mensagens de Whatsapp, o que violou a lei pelo fato de a doação não ter sido declarada.
Em fevereiro de 2020, Bolsonaro fez insinuação sexual contra a jornalista em entrevista em frente ao Palácio do Planalto, ao usar o termo “furo”, que no jornalismo quer dizer informação exclusiva, para se referir ao orifício do corpo de Patrícia. “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo. A qualquer preço contra mim”, disse o presidente da República na ocasião.
O valor da indenização por danos morais subiu para R$ 35 mil, R$ 15 a mais do que quando o presidente da República foi condenado em primeira instância, em março do ano passado na 19ª Vara Civil de São Paulo, pela juíza Inah de Lemos e Silva Machado.