Os produtos tradicionalmente mais procurados no Dia dos Namorados estão com aumento médio de preços de 16,88% em relação ao ano passado, na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com levantamento da Fecomércio-BA, com base nos dados do IPCA-15, do IBGE, a variação desses itens foi superior à média da inflação geral da região, de 13,24%. Os itens de vestuário são os que apresentam os maiores aumentos em um ano. A calça comprida feminina registrou alta de 45,31%, a mais elevada do levantamento, seguida da camiseta masculina (33,97%) e da blusa (31,94%).
“Na área de calçados e acessórios, as variações também são expressivas, de 23,12% para bolsas e 21,04% para sapato feminino. Quem deseja comprar uma sandália ou chinelo, por exemplo, vai ter que pagar em média 16,13% a mais do que há um ano”, destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze. Outro setor bastante procurado nesta época é o de cosméticos, que também sofre com aumento de preços em um ano. Os artigos de maquiagem crescem em média 19,42% e os produtos para pele sobem 15,54%. Os perfumes, por outro lado, sobem menos que a inflação, 7,46%, o que pode ser uma boa alternativa para presentear.
As bijuterias também ficaram mais caras em um ano. A média de aumento na RMS foi de 12,08%. Já os equipamentos eletroeletrônicos tiveram comportamentos diferentes. Enquanto o preço médio do televisor subiu 20,09%, o do computador pessoal retraiu 5,93%. “O problema é que os preços estavam muito elevados e, agora, começam a ser corrigidos. Ou seja, mesmo com a melhora, o consumidor vai pagar um preço alto”, pontua Dietze.
Para o economista, o aumento dos preços, de forma geral, está relacionado a forte recuperação da demanda e da elevação dos custos da produção. “E essa inflação interfere na dinâmica de consumo, levando o consumidor a optar por menos itens ou alternando para o setor de serviços, com um jantar, por exemplo. Portanto, mais uma data comemorativa do comércio sendo impactada por elevação dos preços e pressão no bolso dos consumidores”, informa o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.