As diretrizes para elaboração do plano de governo da chapa Lula-Alckmin reforça o papel do estado na economia, enaltece o Bolsa Família e propõe a revogação do teto de gastos e da reforma trabalhista implementada pelo ex-presidente Michel Temer, além da revisão do regime fiscal. O documento foi encaminhado nesta segunda-feira (6) aos partidos aliados pela coordenação da campanha do ex-presidente. Com 90 parágrafos, o texto defende o fortalecimento dos sindicatos sem a volta do imposto sindical, a construção de um novo sistema de negociação coletiva e especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos.
“O trabalho estará no centro de nosso projeto de desenvolvimento. Defendemos a revogação da reforma trabalhista feita no governo Temer e a construção de uma nova legislação trabalhista, a partir da negociação tripartite”, afirma. Seguindo orientação de Lula, a proposta de programa contorna temas controversos. Ao falar em reforma tributária, não cita, por exemplo, tributação sobre distribuição de lucros. Embora proponha a revogação da reforma trabalhista, afirma que essa será fruto de uma negociação com empresários. Elaborado sob a coordenação do ex-ministro Aloizio Mercadante, o documento defende o papel do estado como indutor do desenvolvimento econômico, prega o uso dos bancos públicos como instrumento de desenvolvimento e manifesta oposição à privatização da Eletrobrás e dos Correios.
Foto: Ricardo Stuckert