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KLEBER ROSA COMEMORA OS 10 ANOS DA POLÍTICA DE COTAS NA UFBA: ” ESTAMOS FORMANDO UMA INTELECTUALIDADE NEGRA QUE POSSUI UMA PERSPECTIVA DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE “

Redação - 01/06/2022 08:43

Em audiência pública, que ocorreu na manhã desta terça- feira (31), na Assembleia Legislativa da Bahia ( ALBA), realizada por meio do mandato do deputado estadual Hilton Coelho ( PSOL), O pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PSOL, o professor Kleber Rosa, que, durante a militância no movimento estudantil participou ativamente ao lado de entidades do movimento negro na luta em defesa da implementação da política de ações afirmativas na UFBA, destacou que é extremamente importante a sociedade baiana comemorar os 10 anos da política de cotas na Universidade Federal da Bahia (UFBA) para reforçar o papel que as cotas raciais têm cumprido destinadas à inclusão educacional da população negra.

O psolista salientou que as ações afirmativas interferiram também na cultura escolar, do ponto de vista de abrir horizontes, de abrir perspectivas. ” A universidade sempre foi um espaço negado à população negra e a política de cotas mudou essa perspectiva para o nosso povo de uma forma geral”, comemorou o ativista do movimento negro, Kleber Rosa. Segundo o cientista social e postulante ao Palácio de Ondina, as cotas ajudam a formar uma  “intelectualidade negra” e frisou a importância da juventude negra estar na universidade ” discutindo ciência, inserida no ambiente acadêmico produzindo saber científico em uma perspectiva transformadora da sociedade, com o objetivo também de promover justiça social”.

Entretanto, Kleber Rosa pontuou que ainda existe muita oposição às cotas nas universidades públicas encabeçada por segmentos  reacionários da sociedade, a exemplo do partido do ex-prefeito da capital baiana e atual pré-candidato ao Governo do Estado, ACM Neto, que liderou à época um  movimento de oposição contra a implementação das ações afirmativas.

O  psolista  ressaltou que, apesar da disputa com o setores conservadores,  as cotas não foram extintas nas universidade, mas, por outro lado, não ocorreu uma ampliação das ações afirmativas para outros setores.  “Ainda é muito tímida a política de cotas, por exemplo, em concursos públicos de uma forma geral, concursos voltados  ao corpo docente, ao Mestrado, ao Doutorado. Tudo isso ainda é muito tímido. E, na minha avaliação, essa não ampliação se dá por conta da oposição que é feita contra o sistema de cotas por esses setores conservadores, e o  bolsonarismo que tenta, na verdade, fazer um processo de regressão”, protestou.

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