Em Itapetinga, para a edição do Programa de Governo Participativo (PGP), o senador Otto Alencar (PSD-BA) defendeu o fim dos seguidos cortes promovidos pelo governo federal no orçamento da saúde pública, mais investimentos na área, em hospitais filantrópicos e o reajuste na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Otto Alencar, pré-candidato à reeleição, os cortes ameaçam o fechamento de unidades hospitalares essenciais para o atendimento da população pobre da Bahia e do Brasil que depende do SUS, caso do Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce.
Para o senador, a saúde pública no Brasil está relegada pelo governo federal, desde 2016. “Só não ficou relegada na pandemia porque criamos a CPI da Covid no Senado Federal e exigimos garantir vacina no braço para os baianos e brasileiros”, ressaltou. Ele citou que, neste período, o governo da Bahia construiu 16 hospitais em várias regiões do Estado e investiu milhões no setor, enquanto o governo federal não fez nenhuma unidade.
Neste ano, os cortes do governo federal no orçamento da saúde foram de mais de R$ 40 bilhões. Nas universidades públicas, de R$ 3 bilhões. “Cortar recursos da saúde e da educação é um absurdo. Exatamente em um momento que o SUS tem de lidar com uma demanda regular de doenças, demanda reprimida dos anos da pandemia e necessidades adicionais da Covid-19”, salientou.
De acordo com o senador, é grave também o não reajuste na tabela de serviços do SUS. “Há cinco anos não se reajusta o valor dos serviços, um parto, uma cirurgia, um exame, um procedimento cirúrgico. Uma consulta paga pelo SUS é R$ 10,00. É muito pouco. O governo teima em não reajustar os serviços das Santas Casas e outros hospitais filantrópicos que prestam serviços pelo SUS”, afirmou.
Foto: Carlos Albert