Bahia Econômica– Vereador, a eleição de Geraldo Junior para um terceiro mandato como presidente na câmara está no meio de um processo judicial. Como o senhor avalia essa reeleição?
Paulo Magalhães Jr- Não há precedente de terceiro mandato em nenhuma capital do Brasil. Em todos os lugares que houve a eleição nesse sentido, o ato foi derrubado pelo STF, por inconstitucionalidade. Então, para que isso aconteça é necessário mudar a Constituição Federal. Portanto, é uma ação ilegal e não tem como prosperar. O processo já nasceu eivado de erros, com conturbações graves, desde a convocação da eleição que não fez parte de um acordo. A sessão solene foi convocada à s 12h30 do dia do pleito para ser realizada à s 14h30, isso não deu o direito da descompatibilizacão de outros nomes que eram pré-candidatos a presidência. Então, a gente percebe que as coisas foram acontecendo de forma arbitrária e atropelada, sem nenhum respeito a Lei Orgânica do MunicÃpio e ao Regimento da Casa.
Bahia Econômica – Esse processo pode atrapalhar os trabalhos da casa em ano de eleição?Â
Paulo Magalhães Jr- Depois desse processo de antecipação da eleição, a situação na Câmara ficou bastante delicada. Através de uma decisão monocrática, as comissões permanentes foram instaladas sem respeitar a proporcionalidade. A bancada governista conta com 30 dos 43 vereadores. São 14 lÃderes partidários na CMS, e as principais comissões da Casa Legislativa se encontram sob o comando da oposição. O União Brasil e o PP são os maiores partidos da Câmara, e nenhum vereador desses blocos compõe a CCJ ou Comissão de Orçamento. Isso é inaceitável. Já acionamos o Ministério Público para a anulação do ato, que é um total desrespeito ao princÃpio da proporcionalidade. Judicializamos e contamos com o poder da justiça para fazer valer o voto do povo. Também fiz um apelo ao Presidente Geraldo Jr para que prevaleça o bom senso, e a decisão interna corporis da Casa faça valer a proporcionalidade que dará efetiva legitimidade à s comissões. Vamos continuar lutando pela harmonia da Casa e combatendo formas açodada de conduzir os trabalhos, a fim de entramos no entendimento para que Câmara continue trabalhando em prol da cidade. Existem muitos projetos importantes para serem votados, mas para isso, precisamos tornar legÃtimas à s comissões permanentes da Casa.
Bahia Econômica– O União Brasil ainda não definiu um nome para apoiar à presidência da república. O senhor acredita que o partido pode ser forte nas eleições sem o apoio nacional?
Paulo Magalhães Jr- O futuro governador da Bahia, ACM Neto, tem uma importante aliança com o povo baiano. É sabido por todos a transformação que ele fez na capital baiana, mesmo com governo federal sob o comando do PT. Então, ele tem a confiança da população e é o voto popular que fortalece uma eleição. Como ele mesmo diz: “Quem tem o povo ao seu lado não precisa de padrinho”. O fato é que ele está preparado para governar com qualquer presidente.
Bahia Econômica – Ainda sobre a eleição nacional. Existem rumores de que Lula está tentando uma aproximação com ACM Neto. Você acredita nessa aliança ?
Paulo Magalhães Jr- Não acredito. Na verdade, creio que Neto não está em busca de padrinhos polÃticos. Quem vai governar a Bahia é o governador do Estado. O diálogo e o respeito vai acontecer com qualquer candidato a presidente que ganhe a eleição. Com quem quer que seja, Neto fará uma polÃtica de resultados positivos para Bahia.
Bahia Econômica – Como o senhor os números das primeiras pesquisas ao governo?
Paulo Magalhães Jr- São números muito positivos, mas acho que ainda não refletem a realidade. Acredito que ACM Neto conta com um apoio ainda mais expressivo do povo baiano. A população quer ver mudança, e sabe que a transformação vem com o trabalho, compromisso e experiência de quem já fez por Salvador e vai fazer pelo Estado.
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