Após mais de quatro meses desde a saída da academia de MMA, American Top Team, a lutadora baiana Amanda Nunes abriu o jogo sobre os motivos os quais tomou a decisão, sete anos após chegar à equipe.
No período em que esteve na academia, a “Leoa” conquistou os cinturões do peso-galo (61,2kg) e do peso-pena (65,8kg) do Ultimate Fighting Championship (UFC) e se estabeleceu como a melhor lutadora de MMA de todos os tempos.
Em entrevista ao podcast “Trocação Franca”, a atleta admitiu que a chegada de duas concorrentes dela, a norte-americana Kayla Harrison e a russa Yana Kunitskaya, influenciaram na decisão.
“Tem aquele ditado, ‘incomodados que se mudem’. Eu me incomodei, claro, com a situação toda. Na American Top Team, quando cheguei, não tinha menina nenhuma, e eu fui a primeira mulher a trazer os dois cinturões femininos e botar o time feminino na história. Quando Kayla chegou lá e depois a Kunitskaya também foi, foi começando a criar um gelo pra mim”, iniciou Amanda.
“Ali era meu território. Quando (Kunitskaya) chegou, já estava nas cabeças e poderia ser uma futura oponente se ela ganhasse da Ketlen (Vieira), e ela chegou bem nessa fase da carreira dela, que ela estava por um triz de ser a próxima oponente. Eu tomei um susto quando entrei na academia. Olhei e falei: ‘Não é possível, não’. Foi criando um gelo. Kayla também começou a falar. Falei: ‘Cara, nem no meu território eu estou salva'”, completou a lutadora.