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PREÇOS DE PASSAGENS AÉREAS JÁ SUBIRAM EM MÉDIA 66% ESTE ANO

Redação - 09/05/2022 06:55 - Atualizado 09/05/2022

Com os preços das passagens aéreas nas alturas, a principal dica para quem tem uma viagem no horizonte é programá-la com o máximo de antecedência. No mínimo 30 dias, em busca de melhores condições. Desde janeiro, bilhetes na faixa de R$ 500 registram variação de até 66%. Em fevereiro, o preço médio da tarifa aérea foi R$ 492, 65, 8,6% mais que no mês anterior.

O trecho médio mais caro apurado no período foi em direção ou partindo de Roraima, em voo com distância média de 2,7 mil quilômetros (R$ 959,17); e o mais em conta, Brasília, no Distrito Federal (R$ 418, 73), percurso médio de 1,1 mil Km. Terceiro principal destino do país, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, o preço médio de passagem tendo Salvador como destino ou origem foi de R$ 465,08, incremento de 6,3% em relação ao mês anterior. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As informações têm como base os dados encaminhados pelas próprias companhias aéreas no período, e considera todos os bilhetes vendidos ao público adulto em geral (independente do dia do voo, de voo de retorno e de tempo de permanência do passageiro no destino). Ainda sobre a precificação das passagens aéreas, a Anac, por meio da assessoria de imprensa afirma que “o processo é complexo e dinâmico e está intimamente relacionado à demanda, à oferta e à concorrência do setor”.

“Assim, os preços oscilam a todo instante em razão de diversos fatores, tais como distância entre a origem e o destino, condições contratuais para remarcação e cancelamento de passagens, antecedência da compra, dia da semana e horário do voo, aeroporto de origem e de destino e ações promocionais. Fatores como alta e baixa temporada, sazonalidade e, sobretudo, o preço internacional do barril de petróleo e da taxa de câmbio também afetam sensivelmente o preço das tarifas aéreas”, diz a nota.

Os motivos da disparada, contudo, são muitos. Vão desde a alta dos combustíveis, passando pela inflação, até o aumento da demanda, após o fim quase que por completo das medidas restritivas de combate à pandemia. No início de maio, a Petrobras anunciou mais um reajuste, desta vez de 6,7% no preço do querosene de aviação (QAV) em relação ao mês anterior, quando o aumento foi de 18%. De 1º de janeiro a 1º de maio, a alta chega a 48,7%. Somente em 2021, o valor do QAV acumulou aumento de 92%.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a guerra na Ucrânia continua impactando negativamente os custos das empresas com a pressão do preço do barril de petróleo sobre o QAV. “Mais uma vez o reajuste anunciado pela Petrobras comprova como as companhias aéreas enfrentam diariamente a alta dos custos estruturais, sobretudo com o atual cenário de guerra na Ucrânia que traz muita pressão para o preço do barril de petróleo e para a cotação do dólar. O setor permanece sendo resiliente, mas a atual conjuntura traz muita dificuldade para podermos obter uma recuperação vigorosa diante da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Para a economista Juliana Barbosa, sócia-diretora na Cifrão Educação Financeira, cabe ao passageiro pesquisar. Segundo ela, para driblar a situação e continuar com os planos de viajar  é  importante planejar. “Organize a viagem com, pelo menos, 30 dias de antecedência. É tempo suficiente para pesquisar preços. Fuja do horário de pico, voos na madrugada são mais baratos. Evite viajar  aos finais de semana, os dias melhores para achar passagens mais em conta são terças e quartas. Se possível, fuja também das altas temporadas, e fique atento a promoções  relâmpagos  de passagens”, diz.

Foto: divulgação

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