Pelo terceiro dia consecutivo, a comunidade de criptomoedas mundial vê um projeto de “lei Bitcoin” chamar atenção, sendo nesta quinta-feira (28) no Panamá. Na última terça-feira (26), o Brasil viu o Senado Federal aprovar o marco regulatório das criptomoedas. Já na quarta-feira (27), a República Centro-Africana tornou o Bitcoin uma moeda de curso legal, sendo o segundo país após El Salvador a realizar este movimento. Dessa forma, a semana é marcada por um forte movimento regulatório em diferentes países, mostrando que o assunto segue em alta no mundo todo.
Localizado na América Central, o Panamá é mais um país a legalizar as criptomoedas, pelo menos em seu parlamento nacional. Isso porque, com apenas três sessões de debate, os congressistas concordaram com as regras. Localizado entre a Colômbia e Costa Rica, o Panamá é mais conhecido pelo seu canal que permite a travessia de navios entre os oceanos Atlântico e Pacifico. Além disso, o forte do país é o turismo e os incentivos financeiros para aposentados, que o tornam o destino de muitos idosos que querem aproveitar o pequeno país.
No entanto, o Panamá espera ir além e se tornar um polo de tecnologia da América Latina, segundo o deputado Gabriel Silva. Em entrevista para o jornal local ECO TV, ele disse que a estratégia do país segue em buscar meios de sair da crise na economia com tecnologias não tradicionais. Diferente de El Salvador e a República Centro-Africana, o Panamá não torna o bitcoin uma moeda de curso forçado, mas sim uma divisa opcional para o país.
Assim, um dono de comércio que quer aceitar bitcoin como meio de pagamento pode fazer isso normalmente pela nova lei, embora já pudesse o fazer antes dessa legislação. A justificativa do parlamentar é haver agora um respaldo jurídico para essa ação. Em segundo lugar, o governo espera atrair empresas e gerar renda para o país. Por fim, a nova lei panamenha dá ao governo a possibilidade de utilizar a tecnologia blockchain normalmente, aproveitando essa para inovar.
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