Diferente de quando era administrada pela Petrobras, que trabalhava com capacidade ociosa, a Refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen, está aumentando a produção, que em três meses saltou de 220 mil barris/dia para 280 mil, representando um crescimento de 27% na produção. Com isso, a empresa não só está elevando a produção industrial baiana e a arrecadação de impostos, como tornou-se a maior exportadora da Bahia.
No primeiro trimestre de 2021, as exportações baianas atingiram US$ 2,51 bilhões, um aumento de 41% em relação a igual período do ano anterior e um dos principais responsáveis por esse desempenho expressivo foi a Refinaria de Mataripe, que triplicou o volume exportado de derivados de petróleo, elevando as exportações de óleo combustível de 346 mil toneladas para 1.009 mil toneladas.
Com isso, as exportações de derivados de Petróleo voltaram a ser, após muitos anos, o principal produto do comércio exterior da Bahia, superando a soja. O valor das exportações de derivados de petróleo no período cresceu 338%, elevando-se de US$ 141 milhões para US$ 619,8 milhões, o que significa que as exportações da Acelen já representam 25% do total exportado pela Bahia.
Esse bom desempenho ocorreu por causa do aumento de preços no mercado internacional, que registrou um crescimento médio de 42,6%, após o conflito na Ucrânia, e pelo aumento da produção ofertada no mercado.
“ É um bom sinal para a economia baiana, pois vai significar o aumento na produção industrial do Estado e também a participação das vendas de produtos industrializados nas exportações” , afirmou Arthur Souza Cruz, coordenador de acompanhamento conjuntural e comércio exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que sistematiza as informações de comércio exterior na Bahia.
Através de sua diretoria, a Acelen afirmou que a empresa pretende produzir 330 mil barris/dia e vai investir R$ 500 milhões em paradas programadas de manutenção nos próximos 12 meses para alcançar esse objetivo. (veja aqui). Em relação ao abastecimento de navios na Baía de Todos os Santos, a empresa afirmou que ele não vinha sendo feito porque os contratos não foram alvo de transferência na época da aquisição da refinaria e a empresa não tinha acesso ao sistema da Petrobras. No entanto, segundo a diretoria o abastecimento já retornou no píer de barcaças e já está sendo negociado com as distribuidoras esse abastecimento que já estará disponível em maio.