O Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do Estado da Bahia (Sindicombustíveis), apresentou na última sexta-feira (04), uma representação contra a Acelen, empresa que adquiriu a Refinaria de Mataripe – RLAM da Petrobras, por possível abuso de poder econômico ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Segundo o Sindicombustíveis, em ofício assinado pelo seu presidente Walter Tannus, a Acelen pratica preços baseado em sua posição monopolista regional e vem praticando, no estado da Bahia, preços substancialmente maiores do que os que ela própria pratica para vendas a outros Estados, como Alagoas, Maranhão e até mesmo Amazonas. As diferenças em relação à gasolina seriam de mais de trinta centavos por litro em fevereiro deste ano e vinte e oito centavos para o óleo diesel.
Em nota distribuída à imprensa, a Acelen afirma que não recebeu nenhuma notificação e se receber irá se posicionar. A empresa comunicou que os preços praticados são impactados diariamente pelo custo do dólar, do frete e do petróleo, independente da origem no mercado internacional e que a tensão global gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia fez com que os preços de commodities e energia subissem em todo o mundo, aumentando a defasagem de preços de combustíveis no país. “A intenção da empresa é manter uma operação competitiva, alinhada aos parâmetros internacionais, pois o não repasse dos custos, pode representar risco de abastecimento no mercado”, diz a nota.