A queda da rocha em Capitólio, Minas Gerais, que deixou 10 mortos em janeiro deste ano foi causada por um evento natural, segundo concluiu a Polícia Civil. Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 4, o órgão afirmou que ninguém foi indiciado. Foram desenvolvidas 10 recomendações às autoridades para melhorar a segurança no local, entre elas o mapeamento das zonas de risco, uso de colete e a proibição de acesso em caso de alerta da Defesa Civil. Estas serão encaminhadas a órgãos e instituições responsáveis pelo licenciamento e fiscalização da região.
A Polícia identificou que somente as crianças e os idosos usavam colete salva-vidas e que havia a autorização de até 40 embarcações nos cânions, número considerado elevado. No dia da tragédia, oito embarcações e uma moto aquatica estavam no local. “Nós averiguamos eventuais irregularidades do empreendimento, mas essas irregularidades não estão conexas com o tombamento da placa rochosa, se houvesse indiciaríamos responsáveis pelos 10 homicídios, o que não ficou comprovado”, disse o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta.
Pimenta ressaltou que a responsabilidade de averiguar as condições climáticas era do piloto, uma das vítimas da tragédia. O perito e geólogo Otávio Guerra afirmou que há rocha no local que necessita de “intervenção urgente”.
Foto: divulgação
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