Após várias suspensões sob um clima tenso, os acionistas da Eletrobras aprovaram o processo de privatização da estatal em Assembleia Geral Extraordinária que aconteceu de forma virtual na tarde desta terça-feira. A aprovação pelos acionistas era tido um passo essencial para permitir o processo de venda da estatal. Em Assembleia, assim, foi aprovado o aumento de capital da empresa que será feito através de uma oferta de ações. Segundo uma fonte presente no encontro virtual, a assembleia foi “tensa” com muitos questionamentos em relação ao balanço financeiro da estatal. Apesar de o balanço financeiro da estatal não ter na pauta, os acionistas minoritários questionaram os dados financeiros da companhia.
Enel: ‘Distribuidora de energia não pode ser banco do setor’, diz presidente. O encontro começou às 14h, foi suspenso a primeira vez duas horas depois e, em seguida, sofreu com algumas interrupções até ser aprovado por volta das 20h. A pauta da Eletrobras contou com 12 itens. Todos os itens foram aprovados. União e BNDES não votaram. Com o aval dos acionistas, o Conselho de Administração vai definir o preço e cronograma do aumento de capital, que deve ocorrer até meados de maio. A ideia, segundo uma fonte, é que a operação movimento, ao menos, R$ 25,3 bilhões. Socorro aos ‘negativados’: Guedes diz que poderá liberar FGTS para pagamento de dívidas
É durante essa emissão de ações que a União irá reduzir sua fatia dos atuais 70% do capital votante para 45%, já que o governo não vai participar da operação. Os acionistas deram o aval ainda para a reestruturação societária da estatal, com a criação da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), que será a dona da Eletronuclear e de Itaipu. Houve ainda mudanças no estatuto social da Eletrobras e a criação de uma golden share.
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