O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá, reclamou nesta quinta-feira (17) da distorção no recolhimento da contribuição social à previdência no Brasil. “Um município pagar 22,5% e um time de futebol pagar 5% é surreal”, afirmou o gestor à Rádio Metrópole.
Zé Cocá, que é prefeito de Jequié, no sudoeste baiano, tem sido defensor da redução da alíquota aplicada às prefeituras brasileiras. Nesta quarta-feira (16) a UPB organizou um encontro, por videoconferência, com os presidentes das associações municipalistas do Norte e Nordeste e o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, para articular uma mobilização a favor da PEC que prevê reduzir o percentual pago pelas prefeituras de 22,5% para 10%.
Na entrevista, Zé Cocá também destacou a necessidade de mais apoio do governo federal aos municípios atingidos pelas chuvas. “Falei com o ministro e estava disponibilizado para essa área R$500 milhões e eu falei que isso não dava nem para a Bahia. Se for avaliar, os estragos num municípios como Dário Meira dá mais de R$30 milhões. E nós estamos falando a nível de Brasil. Nós tivemos em Minas Gerais mais de 400 municípios em estado de emergência, na Bahia foram mais de 190 e agora tem o Rio de Janeiro. Então R$500 milhões é insignificante e quem passou por uma situação dessas não pode esperar”, reforçou.
O presidente da UPB ainda usou o espaço para defender a atuação dos consórcios intermunicipais na Bahia. Segundo ele, as contratações via consórcios reduzem o custo de obras em até 80%, permitindo mais desenvolvimento ao interior do estado.
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