O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está “exatamente no lugar que estava antes da crise”, referindo-se ao impacto econômico no país desde o início da pandemia de Covid-19. Segundo Guedes, o país tomou as medidas necessárias para combater os efeitos da crise sanitária. A declaração foi feita durante participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Em reunião realizada de forma remota, o ministro afirmou que a inflação não deve ser transitória porque os países não agiram quando era necessário. “Eu penso que os bancos centrais estão dormindo no volante. Eles deveriam acordar, e eu penso que será um problema para o mundo ocidental, um problema real para todo o mundo. No Brasil, como tivemos uma experiência muito trágica, nós agimos rapidamente”, declarou.
O ministro afirmou que a dívida pública no Brasil ficará em torno de 80% do PIB, o que representa um número abaixo da previsão inicial para 2022. Para o ministro, o país teve grande sucesso nas suas ações e evitou uma “depressão”. “Nós criamos 4 milhões de empregos, 3 milhões de empregos formais apenas neste ano, em 2021, no último ano. Nós preservamos 11 milhões de empregos no mercado formal. Nós demos assistência a 68 milhões de brasileiros, com transferência direta de renda”, afirmou.
A reunião aconteceu de forma remota. Guedes falou a partir de Brasília e foi o último dos presentes a se pronunciar. Também estiveram na reunião a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, o presidente do Banco do Japão, Kuroda Haruhiko, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, e a ministra das Finanças da Indonésia, Mulyani Indrawati.
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