Como a rede de hotéis Vila Galé chegou atrasada à sessão do processo de licitação, somente uma empresa participou do processo de concessão do Palácio Rio Branco, que será transformado em um hotel de luxo. Trata-se da BM Varejo Empreendimentos Spe S.A, dona da rede hoteleira BMF, que tem 80% dos empreendimentos na França. Ela também é proprietária do hotel Rosewood, em São Paulo, cujas diárias variam de R$ 2.900 a R$ 6.900. O projeto da empresa cujos controladores são franceses é instituir um hotel seis estrelas no cartão postal de Salvador com um investimento será em torno de R$ 40 milhões. O hotel teria 75 quartos, sendo 39 dentro do palácio e 36 na área anexa.
O resultado do processo licitatório sai na próxima semana. Se a BM for vencedora, o contrato deve ser assinado em até 60 dias, segundo Castro. Em seguida, serão feitos estudos no local, que durarão três meses, para que as obras sejam iniciadas. A previsão é que o hotel seja inaugurado em 2024. O nome ainda não está definido.
O problema é que o Ministério Público (MP-BA) ajuizou ação civil pública contra o Estado da Bahia – em representação da Secretaria de Turismo (Setur) – e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), para que a Justiça determine a imediata suspensão do processo licitatório.
O valor da licitação foi R$ 26,5 milhões e o período da concessão do espaço para a empresa é de 35 anos, podendo ser renovado. No entanto, a BM Empreendimentos só terá que pagar o aluguel a partir do 16º ano – em 2038. Portanto, o valor pago pelo palácio, anualmente, será de R$ 1,1 milhão, com prestações mensais de R$ 92.592,59. O valor da área anexa é de R$ 3,3 milhões, a serem pagos na assinatura do contrato. O estudo de viabilidade também deve ser pago quando for assinado e custa em torno de R$ 750 mil. (Correio)