O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a polemizar acerca das medidas restritivas de combate ao Covid-19 no país. Em entrevista a Jovem Pan, o chefe do Executivo reafirmou, nesta segunda-feira (10), que as medidas para conter o avanço do vírus foi um “trabalho orquestrado” para “desgastá-lo”.
“No meu entender, foi um trabalho orquestrado para tentar, pela economia, me desgastar. É comum em um país como o Brasil, tudo o que acontece a pessoa apontar primeiro para o presidente da República”, disse. De acordo com a Carta Capital, o presidente ainda afirmou, em outro momento da entrevista, que o fato de ele ser eleito e impedir que o Brasil ‘virasse uma Venezuela’ comprova que ele é ‘a pessoa mais importante’ do país. “Eu acredito que sou a pessoa mais importante do Brasil no momento. Se tivesse no meu lugar um petista, eu acho que esse Brasil já era uma Venezuela. O que os governadores petistas fizeram nos seus estados foi algo de assombrar, como na Bahia e em outros estados de esquerda também, como Ceará”, afirmou Bolsonaro.
Ainda durante a conversa com a emissora, o presidente também rebateu críticas sobre o ‘Centrão’. Para Bolsonaro, as evidências de que iria se filiar a um partido do centro sempre estiveram claras. “Vocês votaram num cara que foi do Centrão, eu fui do PP por muito tempo, fui do PTB, fui do então PFL. Não quer dizer que todo mundo que tá lá são pessoas que merecem ser rejeitadas pela sociedade. Alguns lá realmente não servem, como a maioria que está na esquerda não presta. Para aprovar qualquer coisa no Congresso eu tenho que ter 308 votos. Tire o pessoal do Centro e eu não vou ter voto”, concluiu.
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