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EM 2020, SEM PROGRAMAS SOCIAIS, MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO BAIANA TERIA FICADO ABAIXO DA LINHA DE POBREZA

Redação - 03/12/2021 10:30 - Atualizado 03/12/2021

Na Bahia, se o valor dos benefícios recebidos por meio dos diversos programas sociais fosse retirado do rendimento domiciliar per capita total, o número e a proporção de pessoas abaixo da linha de pobreza aumentaria em todos os anos. Entretanto, em 2020, esse efeito teria sido muito maior, elevando a proporção de pobres de 37,5% a pouco mais da metade da população: 51,2% ou 7,639 milhões de pessoas.

Em outras palavras, os programas sociais foram responsáveis por evitar que 2,046 milhões de pessoas na Bahia ficassem abaixo da linha de pobreza monetária, no ano passado. Sem os benefícios dos programas sociais, em 2020 o rendimento domiciliar per capita médio na Bahia teria sido 12,7% menor do que efetivamente foi. Ele ficou em R$ 947 e, se os programas sociais fossem retirados do total, cairia para R$ 827.

As perdas teriam sido ainda maiores justamente nos grupos que tradicionalmente têm rendas domiciliares per capita mais baixas e, portanto, foram mais impactados positivamente pelas transferências de renda. As mulheres teriam rendimento médio 13,2% menor sem os programas sociais, e as pessoas de cor preta ou parda teriam rendimento médio domiciliar per capital 14,8% menor. Apesar da redução na incidência de pobreza monetária, em 2020 a Bahia seguia com o segundo maior número absoluto de pessoas pobres (5,6 milhões), abaixo apenas de São Paulo (6,6 milhões) e a 11ª maior proporção entre os 27 estados.

Foto: divulgação

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