Em entrevista ao Jornal da CBN nesta quinta-feira, Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, explicou que a tecnologia do imunizante – feito com fragmentos do vírus inativado – produz anticorpos diferentes no sistema imunológico em relação às outras vacinas, o que pode tornar um desempenho diferenciado contra a nova cepa.
Coccuzzo conta que o Butantan já coletou as amostras dos indivíduos contaminados e os testes já foram iniciados. Ela prevê um prazo de duas a três semanas para os resultados. ‘Por estratégia vacinal, a gente está imaginando que como a CoronaVac dispara o sistema imunológico a produzir também anticorpos contra a proteína núcleo capsídeo, que é uma proteína mais conservada nesse vírus, que não muta como a proteína Spike, isso pode conferir aos vacinados uma proteção adicional’, explica.
Sandra ainda comentou sobre uma eventual revisão do Ministério da Saúde em relação à compra de doses da vacina. Na elaboração do PNI para 2022 a CoronaVac foi excluída do planejamento do governo. ‘Tenho certeza que o Butantan munido desses dados, obviamente, a conversa com o Ministério pode ter outro segmento’, afirmou.