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GOVERNO ESPERA NOVOS DADOS SOBRE A COVID PARA DECIDIR SOBRE RESTRIÇÃO DE VOOS

Redação - 01/12/2021 06:52

O governo federal informou nesta terça-feira (30), em nota oficial, que aguarda “mais esclarecimentos” sobre a situação epidemiológica da variante ômicron do coronavírus em Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia antes de definir se bloqueará voos saídos desses países em direção ao Brasil. No sábado (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota técnica para recomendar que o Brasil ampliasse a lista de países do sul da África incluídos nessa restrição de voos, e passasse também a vetar aviões saídos dessas quatro nações.

“O monitoramento da situação epidemiológica no mundo, em especial nos países com casos confirmados da nova variante, continuará sendo feito pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, que coordena uma sala de situação para acompanhar a evolução da pandemia no Brasil e no mundo”, diz o comunicado. A nota divulgada pelo governo federal não faz qualquer menção a uma eventual exigência de certificado de vacinação para quem chega ao Brasil.

Em nota enviada à GloboNews, a Anvisa informou que sustentou, na reunião, “a necessidade de que as medidas fossem adotadas de imediato”. “A agência acrescentou que com a identificação da Omicron no território brasileiro, a adoção das restrições eram ainda mais necessárias. A agência reitera os termos de suas recomendações técnicas”, diz a Anvisa. Também no sábado, o governo publicou uma portaria que proíbe, temporariamente, voos que tenham origem ou passagem, nos últimos 14 dias, por outros seis países africanos: África do Sul — onde a variante foi identificada pela primeira vez —, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A restrição passou a valer a partir de segunda-feira (29). Assinaram a portaria Ciro Nogueira (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Marcelo Queiroga (Saúde) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Nesta terça, compareceram à reunião com a Anvisa representantes das mesmas pastas e do Ministério das Relações Exteriores – os ministros não foram ao local. O governo não informou quando será a próxima reunião para tratar dessas restrições.

Todos os continentes já registram casos da variante ômicron do novo coronavírus. No domingo (28), o Canadá se tornou o primeiro país das Américas a confirmar a infecção, foram 2 casos na província de Ontário.A variante, inicialmente chamada de B.1.1.529, foi identificada primeiro na África do Sul pelo virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação do país, que anunciou a descoberta na quinta-feira (25).

A variante preocupa pois tem 50 mutações – algo nunca visto antes –, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19). O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta terça-feira (30) dois resultados positivos para a variante ômicron do coronavírus no Brasil. O sequenciamento genético que apontou a variante nos testes de dois passageiros vindos da África do Sul foi feito pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Um terceiro caso suspeito, de um passageiro que veio da Etiópia e desembarcou em Guarulhos, ainda está sob investigação do Lutz. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, os dois casos confirmados são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul.

Foto: divulgação

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