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OPOSIÇÃO ACIONA MPF CONTRA MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Redação - 17/11/2021 16:36 - Atualizado 17/11/2021

Lideranças da oposição na Câmara Federal acionaram o Ministério Público Federal (MPF) contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que responda por improbidade administrativa diante das suspeitas de interferência político-ideológica na elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O anúncio foi feito pelo deputado federal Marcelo Freixo, líder da Oposição, em sua rede social. A ação é em resposta às recentes declarações do governo Bolsonaro, tanto do presidente, quanto do ministro.

Na última segunda-feira, 15, Bolsonaro declarou que as questões da prova do Enem começaram a ter a “cara do governo”, sugerindo que houve algum tipo de censura ideológica por parte do governo.

“Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado.”

Nesta quarta-feira, 17, Milton Ribeiro concordou que o Enem se assemelha ao governo Bolsonaro no quesito de “honestidade”, dentre outros.

INEP

A menos de duas semanas da realização do Enem, 29 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram exoneração. Desses, 27 trabalham em áreas ligadas ao Exame.

O pedido de demissão em massa ocorreu dias depois da exoneração de dois coordenadores ligados à realização do Enem. Em setembro, o então diretor de tecnologia responsável pela versão digital do exame também pediu para sair.

No pedido de dispensa coletivo, foram apontadas ainda como razões a “falta de comando técnico” do Inep e a “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão”.

Em assembleia na última semana, servidores do Inep afirmaram ver risco à aplicação do Enem 2021 pelo que chamam de “falta de comando técnico”. Em um ato realizado em frente ao prédio do instituto, em Brasília, um grupo de funcionários acusou a atual gestão de promover um “clima de insegurança e medo”.

Segundo os servidores, a aplicação das provas está sendo elaborada sem a atuação das Equipes de Incidentes e Resposta (ETIR), por decisão “arbitrária e unilateral” de pessoas com cargos de chefia, ligadas à presidência do Inep.

Foto: divulgação

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