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UFBA DEFINE HOJE COMO SERÁ A VOLTA ÀS AULAS EM 2022

Redação - 12/11/2021 07:15 - Atualizado 12/11/2021

Uso obrigatório de máscara e atividades presenciais realizadas somente por pessoas que completaram o esquema vacinal. Essas são algumas das medidas que a Administração Central da Universidade Federal da Bahia (Ufba) vai apresentar ao Conselho Universitário (Consuni), em uma reunião virtual realizada nesta sexta-feira (12). A proposta da universidade é que as aulas presenciais tenham início em março do ano que vem, mas as aulas online podem continuar para alguns estudantes da Ufba. Isso porque, ficará a encargo das Unidades Universitárias oferecer ou não componentes curriculares de maneira remota, a decisão dependerá do colegiado de cada curso. As eventuais matérias cursadas online serão aproveitadas e vão integrar o currículo do aluno.

No documento que será apresentado ao Consuni, que pode aprovar ou não a proposta, a Ufba propõe que só alunos que estiverem em condições de risco devem ter direito ao regime de aulas online. As situações especiais que possibilitariam os estudantes a não realizarem as atividades presenciais são: ter alguma doença grave, contra-indicação que impeça a vacinação contra a covid-19, ter filho em idade escolar que esteja apenas com aulas online, estar encarregado de cuidado de alguém que necessite atenção especial e estar em período de gestação ou lactação.

O presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Emanuel Lins, no entanto, afirma que as aulas online serão exceção e que essa dinâmica estará sujeita à disponibilidade dos professores. Os docentes também podem optar pelas aulas remotas caso se enquadrem nas situações listadas acima. O semestre presencial, que deverá ser anunciado após um ano e sete meses da universidade com as portas fechadas, vai trazer outras novidades para os alunos. Diferentemente do que aconteceu no semestre suplementar em 2020, em que o aluno poderia trancar a matéria em qualquer momento do curso, em 2022 só será possível pedir o trancamento de um componente curricular até, no máximo, serem completados dois terços do semestre, ou seja, até junho.

Também em caráter excepcional, no semestre de retomada presencial, será permitido que os alunos ultrapassem o limite de 20% da carga horária total do curso em atividades não presenciais. No documento, a Ufba reitera que o ensino presencial é imprescindível para a formação de estudantes da graduação e da pós. “A nossa perspectiva não é voltar como se estivéssemos em condições normais, voltaremos em caráter especial. Estabelecer regras sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social e, especialmente, passaporte de vacina é essencial’, defende Lins.

A proposta é apresentada no momento em que a pandemia desacelera em todo o Brasil, inclusive na Bahia. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 485 novos casos de covid-19 e cinco mortes foram registrados nas últimas 24 horas. O estado possui atualmente 215 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

Os alunos não serão os primeiros a retomarem as atividades na universidade. Desde o início deste mês, 1.295 servidores administrativos da Ufba estão voltando ao trabalho. O uso de máscaras e o distanciamento social são obrigatórios, além disso, os funcionários devem ter tomado as duas doses ou a dose única da vacina contra a covid-19. Segundo o Comitê de Assessoramento do Coronavírus da Ufba, as atividades estão sendo retomadas de maneira gradual.

A reportagem procurou a Reitoria da Universidade Federal da Bahia para comentar a proposta que será apresentada na reunião, mas não obteve retorno. A Pró-Reitoria e a assessoria de comunicação da Ufba informaram que não iriam comentar o teor do documento antes que ele fosse aprovado pelo Conselho Universitário. A reportagem também tentou contatar o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba), mas não obteve resposta.

Foto: divulgação

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